Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) aprovaram esta semana uma moção a defender a "total mobilização" na adesão à greve geral de 24 de novembro.
A informação foi avançada hoje à Agência Lusa por fonte da Comissão de Trabalhadores dos ENVC, dando conta que o "apoio condicional" declarado à paralisação da próxima semana "justifica-se pela situação do país" e "ultrapassa a situação da empresa", reconhecendo os "esforços" que estão a ser feitos para a viabilização.
Com cerca de 700 trabalhadores, a empresa enfrenta um cenário financeiro complicado, fruto de um passivo acumulado que já ultrapassa os 240 milhões de euros, enquanto se aguarda uma proposta de viabilização dos ENVC, a definir pela Empordef.
Recorde-se que o primeiro-ministro admitiu na quinta-feira a futura privatização dos ENVC, atualmente detida a 100 por cento por capitais públicos, e o interesse de capitais angolanos e brasileiros neste processo.
De visita a Angola, Pedro Passos Coelho lembrou que aquele país "precisa nos próximos anos de adquirir um conjunto de navios que hoje os ENVC têm toda a capacidade para produzir".
Contactada pela Lusa, fonte da Comissão de Trabalhadores dos ENVC preferiu manter o silêncio sobre estas negociações, para não criar "qualquer tipo de perturbação".
No entanto, vários trabalhadores contactados nas últimas horas pela Lusa indicam um sentimento de "esperança" na viabilização da empresa, tendo em conta que "há quatro meses o cenário era praticamente o de encerramento".
"Agora parece que há soluções para a nossa situação. O importante é manter a soberania nacional da empresa, independentemente da solução que se encontre", dizem os trabalhadores dos ENVC.
FONTE: LUSA
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