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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 29 e 30 de Setembro

1 Outubro, 2012 - 11:45

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Em fim-de-semana de S. Miguel, não se pode dizer que tenha sido proveitosa a “colheita” das equipas Vale do Minho, sobretudo nas duas competições mais importantes.

Em fim-de-semana de S. Miguel, não se pode dizer que tenha sido proveitosa a “colheita” das equipas Vale do Minho, sobretudo nas duas competições mais importantes.

Desde logo, os representantes do Nacional não obtiveram qualquer proveito nas suas deslocações, cumprindo-se o que antevíramos de tremendas dificuldades, quer para os monçanenses, quer na viagem dos melgacenses até terras transmontanas, para onde haviam viajado de véspera.
O Desportivo de Monção voltou a sofrer três golos, tal como no Domingo anterior, com destaque para a desafinação na ponta final da partida. Os comandados de Manolo ainda conseguiram garantir o nulo frente ao Vianense até para além do equador da segunda parte e a partir do momento em que sofreram o golo, como que acordaram na tentativa de anular o prejuízo, tendo equilibrado a contenda, mas deitaram tudo por terra nos derradeiros instantes. Segunda derrota consecutiva para os da terra de Deuladeu e um início que começa a trazer comprometimentos numa época de per si extremamente condicionada.
Quase idêntica prestação do Melgacense no nordeste transmontano. Samir, que uma semana antes havia feito diabruras no Manuel Lima, voltou a facturar por duas vezes e contribuir para uma vitória algo confortável para os locais, que nem com a redução para a margem mínima por parte dos visitantes se sentiram atrapalhados, conseguindo uma vitória confortável e a ascensão aos lugares cimeiros, objectivo por si perseguido.
Com as derrotas de ontem, e apesar de tudo estar ainda em início, Desportivo e Melgacense entraram já na metade inferior da tabela, posições que apenas servem para confirmar a não continuidade nos nacionais.
Também o Ponte da Barca acabou surpreendido no seu território, baqueando perante a até então lanterna vermelha, Marinhas, que, com a sua primeira vitória, deixou o mais indesejado dos lugares em troca com a equipa da sua sede concelhia, o Esposende, única sem pontuar, após derrota nos Caçadores das Taipas.
No confronto de líderes, o Ronfe levou a melhor em Merelim e isolou-se no topo, acabando o confronto entre as “Marias” (a da Fonte e a Santa) empatando em dois golos, numa ronda que superou em meio golo/equipa a jornada anterior com o aumento de dezoito para vinte e um golos marcados. Foi óptimo!

Ao contrário da boa pontaria do nacional, a Honra vianense arrancou sob o signo da poupança, tendo sido apenas concretizados nove golos nos sete jogos da ronda. E para cúmulo da falta de pontaria, Courense, logo aos quatro minutos, e Cerveira pouco depois, desperdiçaram grandes penalidades, por Lipinho e Goios, respectivamente, num prenúncio do que viria a cumprir-se como sabedoria antiga: “quem não marca, sofre”. Nada mais verídico para estes dois conjuntos do Vale do Minho que acabaram derrotados no arranque da competição.
E se o Courense perdeu fora de casa, precisamente em Valença do Minho onde passou a morar o primeiro líder, pois foi a única equipa a apontar dois golos, em resultado na reentrada para a etapa complementar com total eficácia de aproveitamento, o Cerveira sucumbiu no seu próprio estádio frente à turma da Correlhã que ainda jogou toda a segunda parte em inferioridade numérica.
Estávamos em face de dois encontros interessantes, defrontando-se quatro dos principais candidatos, tendo arrancado melhor Valenciano e Correlhã, acicatando um interesse especial para o embate do próximo Domingo em casa dos cornelianos.
O Campos também não foi feliz na deslocação ao Monte Aval, tendo saído derrotado pelo golo sofrido e não conseguiu também aproveitar a vantagem numérica da segunda metade.
Uma jornada inaugural com cinco vitórias tangenciais, apenas por um golo, com destaque para as três obtidas na condição de visitante: a já mencionada da Correlhã, em Cerveira, e ainda as do Vila Fria, em casa do seu “colega” Paçô e a do Moreira do Lima, no sempre difícil campo do Vitorino de Piães, a que se juntam ainda as caseiras do Távora perante o Campos e a do Bertiandos, em estreia absoluta, perante o Vila Franca. Resta focar uma igualdade a um golo entre Lanheses e Castelense, com o sempre potencial candidato Neves a ficar de fora, neste campeonato “sui generis”.
Esperamos, certamente, mais nas rondas que se seguem.

Entrando pela I Divisão, começamos por admitir que foi diferente a prestação das equipas Vale do Minho, mormente com as vitórias de Castanheira e Raianos, aliás as duas equipas que em conjunto com o Ancorense, anfitrião do Grecudega, obtiveram os resultados mais expressivos, concedendo aos courenses o estatuto de primeiro líder.
Três golos sem resposta foi a expressão do domínio do Castanheira sobre o Caminha, ao passo que o Raianos, em dia de festa do patrono S. Miguel, embora tivesse obtido também um trio de golos, acabou por ver o Águias do Souto conseguir o seu tento de honra.
A destoar no trio Vale do Minho, apenas o Moreira, que “apadrinhou” a estreia do novo clube de Arcos de Valdevez, não averbou pontos e saiu derrotado por dois a zero, pese a boa exibição dos pupilos de Quim Zé a demonstrar capacidade para efectuar um campeonato com alguma mediania.
Nos outros três encontros, o Darquense acabou por dar a volta ao vizinho e rival Chafé, vencendo por dois a um, destacando-se ainda a vitória do Lanhelas em Vitorino das Donas por um único golo e tal como na Honra também um único empate a um golo em Arcozelo, entre a equipa local e o Perre.

E a finalizar esta súmula, uma breve rábula pelos grandes, começando pela referência à “fraternidade” de leões e dragões, em tempos sabatinos, imitando-se nos empates a dois, perante adversários de estatuto inferior, com a equivalência de ambos terem conseguido esse pontito no lavar dos cestos, em colheita nada proveitosa, mormente se tivermos em conta as vitórias das equipas encarnadas na noite de Sexta-feira. Nestas, parafraseando alguma imprensa, por parte das águias, “Lima partiu a mobília” pouco segura na defensiva pacense, levando alguma acalmia nestas contas dos pontos comparativamente às contas dos números negativos mais elevados da véspera, ao passo que o duelo minhoto pendeu para os arsenalistas. Fazendo jus à coreografia dos vitorianos, se “todos podem ser guerreiros mas nem todos conseguem ser conquistadores”, a verdade é que os guerreiros de Braga conquistaram o castelo de Guimarães e abateram os denominados conquistadores, de rei ao peito.
E na conjugação destes resultados, os leões continuam moribundos, a queimar em lume brando, enquanto o restante trio, com águias e dragões à frente, lado a lado, e os guerreiros bracarenses apenas no degrau imediato, a luta ganha contornos intensos e as expectativas são enormes.
Maravilhoso! É esta ansiedade que nos leva já a aspirar pelo próximo fim-de-semana.

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