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Caminha

Recuperação da duna de Moledo adiada para setembro

22 Fevereiro, 2013 - 11:57

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A Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) assumiu hoje que a recuperação do cordão dunar de Moledo, Caminha, já tem financiamento garantido, mas a intervenção, que esteve prevista para 2012, só avançará em setembro.

A Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) assumiu hoje que a recuperação do cordão dunar de Moledo, Caminha, já tem financiamento garantido, mas a intervenção, que esteve prevista para 2012, só avançará em setembro.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da APA admitiu que os prazos para esta intervenção, que segundo a última calendarização (de 2012), deveria arrancar antes da próxima época balnear, “tiveram de ser reajustados”.

Acrescentou que a primeira fase deste processo está concluída e passou pela preparação e apresentação da candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território (POVT), a qual “foi alvo de aprovação”.

“Estamos já a iniciar os procedimentos administrativos para lançar o concurso público. Após o que prevemos que, em setembro deste ano, estaremos em condições para avançar para o terreno”, sublinhou a mesma fonte.

Os trabalhos vão custar 492 mil euros e serão financiados a 85% pelo POVT, com a fatia restante a ser assumida pelo Fundo de Proteção de Recursos Hídricos (FPRH).

A obra integra o Plano de Ação de Proteção e Valorização do Litoral 2012-2015 e será executada sob alçada da APA, entidade que passou a reunir os vários institutos públicos ligados ao Ambiente.

A zona balnear de Moledo é um das mais procuradas do norte do país e a “recuperação duradoura” da duna deverá decorrer durante mais de dois meses, envolvendo métodos inovadores para “mitigar o impacto paisagístico”, indicou fonte ligada ao projeto.

A redução do cordão dunar acontece praticamente em frente ao forte da Ínsua, num local onde, em fevereiro de 2011, o mar chegou a ameaçar um moinho convertido em habitação.

A água esteve também perto de outras habitações, além de ter destruído um guarda-corpos do paredão em cerca de trinta metros.

A intervenção prevista para o cordão dunar de Moledo foi estudada pelo especialista em defesa costeira Veloso Gomes e prevê “três ações diferentes, mas complementares”, a começar pelo “tamponamento do topo da estrutura da defesa”, com a colocação de betão ciclópico na extremidade norte da estrutura aderente construída nos anos 40 do século XX.

Será realizada, ainda, a reconstituição da duna, “dotando-a de um núcleo artificial resistente”, uma ação descrita como “inovadora” e que consiste na “colocação de tubos de geotêxtil de grande dimensão”, entre os três e os sete metros, de cor amarela ou ocre, preenchidos com areia e capazes de reter o material sedimentar.

“Serão colocados perto da arriba, ao longo de cerca de 330 metros, e deverão ser cobertos de areia, de forma a mitigar os impactes paisagísticos”, acrescentou uma fonte ligada à intervenção, que prevê também a deposição de areia entre a zona entre marés e o cordão dunar, reconstituindo “um perfil próximo do anteriormente existente”.

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