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Vale do Minho

Pandemia 1918: Quando Monção, Melgaço, Valença, Cerveira e Caminha apareceram em notas

1 Dezembro, 2020 - 17:44

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PUB Os efeitos nefastos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e da pandemia da gripe pneumónica (1918-1920) tinham mergulhado Portugal numa crise profunda. O Vale do Minho não foi exceção. A […]

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Os efeitos nefastos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e da pandemia da gripe pneumónica (1918-1920) tinham mergulhado Portugal numa crise profunda. O Vale do Minho não foi exceção. A elevada inflação e a desvalorização da moeda provocaram um aumento brutal no preço dos géneros alimentícios e medicamentos. Pior: começou a escassear o metal para cunhar moeda. Consequência imediata, o dinheiro começou a faltar.

Conforme explica o professor e investigador Valter Alves, para fazer face a esta situação surgiu o chamado “dinheiro de substituição” que também ficou conhecido como “dinheiro de emergência”: as Cédulas Fiduciárias.

Dentro das localidades, as câmaras municipais, juntas de freguesia, estabelecimentos comerciais (lojas, mercearias, etc), fábricas, associações, hospitais e Misericórdias decidem então emitir cédulas fiduciárias de valores entre 1 e 5 centavos, na sua maioria, mas também de 10, 20 e valores superiores (50 centavos e 1 escudo), em casos excecionais.

No princípio começaram por ter “um aspeto bastante rudimentar”. Eram produzidas “em simples pedaços de papel ou de cartão com as mais variadas dimensões, manuscritas ou impressas, com ou sem preocupação estética”.

Mas foram melhorando na apresentação gráfica e acabaram por “revelar-se meios de propaganda turística e regional e, nos casos em que eram emitidos por estabelecimentos particulares, meios expeditos de publicidade comercial”.

Monção, Melgaço, Valença, Vila Nova de Cerveira e Caminha são alguns exemplos de concelhos que deixaram para a história cédulas fiduciárias que circularam nesses tempos mais difíceis da história de Portugal e do mundo.

As cédulas fiduciárias são hoje muito procuradas pelos colecionadores. Conforme a sua raridade e estado de conservação, podem atingir os mais variados preços entre os numismatas.

Esta terça-feira, dia 1 de dezembro, assinala-se o Dia Mundial do Numismata. Trata-se do profissional que se dedica ao estudo de moedas, papel-moeda, medalhas e também dos objetos que eram usados para a fabricação desses objetos.

Desta maneira, o numismata tem que dominar conhecimentos de história, geografia, heráldica, simbologia, dentre outras, para realizar seu trabalho de classificação das diferentes moedas que coleciona.

O dia é celebrado nesta data, dado que é neste dia que a Igreja Católica celebra S.Elígio, padroeiro dos numismatas e ourives.

 

Veja alguns exemplos de cédulas fiduciárias emitidas no Vale do Minho [créditos: DR]

 

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