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Foi um dos melhores arranques de sempre do Festival Vodafone Paredes de Coura. Um recinto completamente à pinha. Mais de 25 mil pessoas num primeiro dia que deixou muita imprensa de boca aberta. A 27ª edição do evento começou a abrir… sem paninhos quentes… e a mostrar porque é que é um dos maiores festivais do país e a justificar claramente porque é que rivaliza com os maiores da Europa. Em toda a vila, nem um único lugar para estacionar. A razão? The National, claro. Era a noite da tão badalada banda norte-americana.
Nem a zona VIP escapou. Totalmente cheia. Os políticos da região e de todo o país, que tradicionalmente visitam o festival à quinta-feira, madrugaram. Vieram no primeiro dia. Ambiente de amena cavaqueira e a condizer com “um festival onde se fala a rir”, conforme descreveu um jornal há alguns anos. Da esquerda à direita, muitos rostos conhecidos. Ar descontraído. Permissão total para entrevistas… de copo na mão.
Tiago Brandão Rodrigues: Legislativas? “Motores muito aquecidos para a campanha eleitoral”
A liderar a comitiva e a fazer as honras da casa, encontramos imediatamente o Ministro da Educação. Sempre sorridente, Tiago Brandão Rodrigues admirava com orgulho o anfiteatro natural completamente repleto. “Muito para além de orgulhar o Alto Minho, este é hoje um festival com uma grande dimensão nacional e internacional. Afirma-se não só pela qualidade das bandas como pela qualidade do público”, realçou o governante que é amigo de longa data dos fundadores do evento. “Sinto-me muito orgulhoso do trabalho deles e pelo facto de, consistentemente terem conseguido crescer. É uma grande honra, como courense que sou, ver um grupo de jovens courenses a levar esta terra e o nosso Alto Minho além fronteiras”.
Tiago Brandão Rodrigues, recorde-se, será o cabeça de lista pelo PS no distrito de Viana do Castelo nas próximas eleições legislativas. “Os motores estão muito aquecidos para a campanha eleitoral”, assegurou com novo sorriso à Rádio Vale do Minho. “Estamos, sobretudo, conscientes do trabalho que foi feito durante estes quatro anos e também com muita força a pensar já no trabalho dos próximos quatro anos por parte dos deputados do PS”, concluiu.
João Paulo Rebelo: “É não só uma grande marca do Alto Minho mas também uma grande marca do país”
Andamos mais uns metros e chegamos ao balcão. “Uma imperial, por favor”. Ao nosso lado, João Paulo Rebelo. Tinha deixado o fato em casa. De traje mais informal, o governante – que agora calçava ténis em vez dos habituais sapatos – ia passando despercebido. “É um festival espetacular, como já nos vem habituando ao longo de muitos anos! O cartaz deste ano é muito bom”. Questionado sobre a banda que mais ansiava ver, João Paulo Rebelo apontou os Parcels, The National, e os New Order que atuam esta quinta-feira. “Este festival é não só uma grande marca do Alto Minho mas também uma grande marca do país”.
Coura, Melgaço, Monção e Valença presentes
Entre a multidão, fomos encontrando os vários presidentes de Câmara conhecidos de toda a região. A distribuir beijinhos e abraços, Vítor Paulo Pereira (PS) teve mesmo de parar uns minutos para falar com a Rádio Vale do Minho. “Este primeiro dia está a correr da melhor forma. Nota-se felicidade e boa disposição no rosto das pessoas”, disse o autarca que é também um dos fundadores do festival. “Tudo isto é fruto de muito trabalho, muito empenho e sempre conscientes de que ninguém pode dormir à sombra do sucesso. Todos os anos o colocamos em causa e criamos assim melhores condições para as pessoas”, disse.
Metros mais ao lado, outra presença assídua no evento: Manoel Batista (PS), presidente da Câmara de Melgaço. “No que diz respeito a festivais, esta é a maior marco do Alto Minho e muito provavelmente do país”, disse o autarca à Rádio Vale do Minho. “É um festival afirmadíssimo e uma marca que para nós é importantíssima. É com marcas destas que o Alto Minho se afirma e é juntando marcas diferenciadoras nos vários municípios que nos afirmamos”, frisou Batista.
O presidente da Câmara de Valença (PSD) mostrou total sintonia com a opinião do edil melgacense. “Estou cá porque sou um apreciador de boa música e também de uma marca que projeta o Alto Minho no país e no mundo”, disse Jorge Mendes que, recorde-se, será o cabeça de lista dos sociais-democratas por Viana do Castelo nas próximas legislativas. Mas preferiu deixar essa matéria mais lá para a frente. “Estou aqui a desfrutar deste magnífico festival. Quando for altura da campanha eleitoral lá estarei em contacto com as populações do Alto Minho”, concluiu.
António Barbosa, presidente da Câmara Municipal de Monção (PSD), já não punha os pés no festival há duas décadas e meia. A última vez que tinha marcado presença naquele evento, contou, “ainda não se pagava bilhete”. Foi em 1994, estava o Paredes de Coura na segunda edição. Os Boucabaca, com Vítor Paulo Pereira no baixo, ainda no cartaz. “Estou impressionado com toda esta moldura humana e com este espaço que é magnífico”, disse Barbosa à Rádio Vale do Minho. “Aquilo que aqui temos é o espelho do Alto Minho. Toda uma oferta abrangente que vai desde a música, passando pelas festas, feiras… está aqui mais uma demonstração de que o Alto Minho está na moda”, brindou com vaidade.
João Carvalho: “Continuo a sonhar…”
De presença mais discreta mas, mesmo assim, sempre a fazer questão de cumprimentar e dirigir palavras simpáticas a todos os presentes estava o próprio diretor do festival. O rapaz que, com mais uns amigos, sonhou há 26 anos tudo aquilo que ali se encontrava. “É um primeiro dia que esta a correr muito bem. O primeiro dia de um festival que se renova de ano para ano. É um festival maravilhoso, feito na terra de todos nós”, apontou João Carvalho. “Tornou-se um festival que já rivaliza com os maiores da Europa e até do mundo. Mas continuo a sonhar… sinto-me obviamente muito feliz e muito orgulhoso”.
O Festival Vodafone Paredes de Coura arrancou esta quarta-feira e vai prolongar-se até ao próximo sábado. Esta quinta-feira, entre outros nomes, vão passar pelos palcos do festival os New Order, os Car Seat Headrest e também Khruangbin.
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