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Alto Minho

ENVC: PSD critica dirigentes do PS que contestam reprivatização sem apontarem alternativas

25 Setembro, 2012 - 08:29

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O líder da distrital do PSD de Viana do Castelo criticou os dirigentes regionais do PS por defenderem outro caminho para o futuro dos estaleiros navais, em processo de reprivatização, sem apontarem alternativas.

O líder da distrital do PSD de Viana do Castelo criticou os dirigentes regionais do PS por defenderem outro caminho para o futuro dos estaleiros navais, em processo de reprivatização, sem apontarem alternativas.

“O PS quis despedir, em junho de 2011, mais de 400 trabalhadores dos estaleiros mas vem agora reclamar outro caminho para a empresa e sem apresentar uma solução. É inacreditável”, apontou Eduardo Teixeira, presidente do órgão distrital do PSD.

A resposta surgiu depois de os socialistas do Norte terem acusado o Governo de ter uma “atitude maquiavélica” face aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), ao revogar um contrato de 400 milhões de euros, com onze navios para a Marinha, enquanto tenta reprivatizar a empresa.

“Pensei que fossem tomar uma posição contra o PS regional dos Açores, que continua a dizer que não ao ferryboat Atlântida, que é um dos maiores problemas das contas dos estaleiros”, disse ainda o líder regional do PSD, apontando:

“Afinal, o que fizeram foi sacudir a água do capote como se não tivessem responsabilidade no que aconteceu nos últimos seis anos nos ENVC”.

Na origem da posição assumida hoje pelos dirigentes socialistas está a recente revogação de um contrato com os ENVC, prevendo a construção de seis Navios-Patrulha Oceânicos (NPO), por cerca de 300 milhões de euros, e cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC), por 100 milhões de euros.

“Anuncia a reprivatização e, pouco depois, retira-lhe um dos seus principais ativos. É uma vergonha”, afirmou José Manuel Carpinteira, líder da federação do PS de Viana do Castelo.

A encomenda foi feita em 2004, ainda por Paulo Portas enquanto ministro da Defesa, no âmbito do reequipamento da Marinha.

Estes onze navios destinavam-se a substituir a frota de corvetas e patrulhas, que já levam mais de 40 anos de serviço.

No âmbito da reprivatização dos ENVC, a concluir até final do ano, o Governo decidiu revogar este contrato, alegando a defesa dos interesses do Estado, pelo que a empresa apenas construiu dois, um dos quais ainda por concluir.

“Não há dúvidas sobre os planos do Governo para os estaleiros. É a destruição da capacidade da empresa”, sublinhou Carpinteira, afirmando que a venda será feita “ao desbarato” e “deixando para trás os trabalhadores e a economia da região”.

Os representantes das três federações socialistas do Norte confirmaram a oposição à reprivatização dos ENVC, mas sem concretizar a forma como será levada a cabo, defendendo antes uma “necessária” reestruturação da empresa, a vários níveis, mas mantendo-a na esfera pública.

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