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Caminha

Empresários admitem "temer pelo comércio e restauração" caso suspensão de ferryboat se concretize. Falam em redução de visitantes galegos

1 Setembro, 2011 - 08:53

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A Associação Empresarial de Viana do Castelo confessa "temer pela actividade comercial" do concelho de Caminha, caso avançe a falada suspensão do ferryboat, que liga a vila portuguesa ao município espanhol, La Guarda. Sem alternativa directa de passagem entre os dois lados da fronteira, Luís Ceia admite uma quebra de visitantes galegos na vila portuguesa.

A Associação Empresarial de Viana do Castelo confessa "temer pela actividade comercial" do concelho de Caminha, caso avançe a falada suspensão do ferryboat, que liga a vila portuguesa ao município espanhol, La Guarda. À Rádio Vale do Minho, o presidente da associação, que detém uma delegação naquele concelho, garante que, a concretizar -se esta intenção, a mesma poderá ter implicações ao nível do comércio e restauração do concelho, uma vez que Caminha é, sobretudo, um município turístico, com uma pequena fatia industrial. Sem alternativa directa de passagem entre os dois lados da fronteira, Luís Ceia admite uma quebra de visitantes galegos na vila portuguesa.
O ferryboat, que faz a ligação entre Caminha e A Guarda, pode vir a parar a partir de 15 de Setembro. Em causa está o assoreamento do canal de navegação e a ausência de dragagens, a cargo da Direcção Geral das Costas do Ministério do Ambiente de Espanha.
Na sexta-feira passada, a presidente da Câmara Municipal de Caminha reuniu com o seu homólogo de A Guarda, para encontrar soluções relativas ao problema da falta de navegabilidade do ferryboat. Nessa reunião, o alcaide de A Guarda deu a conhecer a posição do governo espanhol, que não pretende realizar mais as dragagens no canal de navegação do ferryboat. A mesma entidade justifica-se, alegando os "elevados encargos financeiros" que advêm da extracção dos inertes e a impossibilidade de utilizar as areias extraídas nas praias espanholas.
Perante estes factos, o município de Caminha admite que se "obrigado a parar as travessias do ferryboat a partir do dia 15 de Setembro", caso este cenário não se altere. A actual situação do canal não permite a navegação durante a baixa-mar, acarretando prejuízos financeiros para o o concelho e dificuldades na gestão dos funcionários que trabalham no ferryboat. Acresce o facto das areias em excesso serem a causa de constantes avarias na embarcação.
Recorde-se que as travessias do "Ferryboat Santa Rita de Cássia" fazem-se desde 1995 e durante mais de dez anos a Câmara de Caminha assegurou as dragagens e respectivas despesas.
Em 2008, numa resolução assinada entre o Governo Civil de Viana do Castelo e o Governo Espanhol, na Galiza, atribuiu-se essa mesma responsabilidade à Direcção Geral de Costas do Ministério do Ambiente espanhol. Esta entidade realizou a dragagem em 2008 e interrompeu as dragagens em 2009. Desde então, não mais se realizou a extracção de areias do canal.

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