Caminha/Ancorensis: Junta de VP Âncora culpa Ministro, Câmara e DGEstE pelo sucedido

O Executivo da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora culpa o Ministro da Educação, a Câmara de Caminha e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) do Norte pelo anunciado despedimento coletivo de todo o pessoal docente e não docente da Ancorensis Cooperativa de Ensino e, consequentemente, por este colégio não arrancar com o ano letivo 2016/2017.
Em comunicado, a equipa liderada por Carlos Castro (PSD), lamenta “profundamente este rude golpe a Vila Praia de Âncora e a todo o Vale do Âncora. A deslocação de centenas de jovens alunos provocará constrangimentos e dificuldades aos próprios e às suas famílias”. A junta alerta para o “impactos negativos” que a situação irá causar na vila, “desertificando-a e piorando o cenário já debilitado da economia local”.
A agravar a situação, considera a Junta de Freguesia, “teremos um aumento de dezenas de desempregados que implicará a deterioração do nosso tecido social e económico e ao aumento da emigração e consequente desertificação”. O executivo social-democrata ancorense recorda e lamenta ainda no documento que não foi consultado nem participou nas decisões do processo que conduziu a este desfecho. O mesmo aconteceu, continua o comunicado, com os executivos das Juntas de Freguesia do Vale do Âncora e Associações de Pais.
Recorde-se que esta quarta-feira o Ministério da Educação (ME) garantiu existência de vagas aos alunos caminhenses afetados pela não abertura de portas da Ancorensis Cooperativa de Ensino no ano letivo 2016/2017. Em nota enviada à imprensa, o ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues informou que “está a acompanhar a situação de perto, a través da Direção de Serviços de Educação da Região Norte (DSRN), em articulação com o município, e que já se garantiu a existência de vagas no Agrupamento de Escolas Sidónio Pais do município de Caminha (Escola Básica e Secundaria Sidónio Pais e Escola Básica e Secundária do Vale do Âncora), para alunos inscritos naquela instituição de ensino cooperativo, assim seja essa a vontade dos encarregados de educação”. Assegurou ainda o ME que “os pedidos de transferência vão ser monitorizados pela DSRN, que prestará todas as informações e ajuda necessária aos encarregados de educação dos alunos. As vagas nas escolas públicas estão garantidas, sendo este o elemento essencial para que os processos de transferência decorram com tranquilidade”.