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Os trabalhadores da panificadora Camipão montaram vigilância à porta da empresa em Vila Praia de Âncora, depois de se terem apercebido da retirada de máquinas e material do interior das instalações. De acordo com notícia divulgada pelo Jornal de Notícias (JN), a vigilância está a ser feita 24 sobre 24 horas em turnos de dois.
“Estamos com receio que levem tudo o que está lá dentro. A nossa intenção é ligar à GNR caso apareçam lá”, contou ao JN José Luís Lima, Técnico Oficial de Contas (TOC) da empresa, agora porta-voz dos trabalhadores.
Recorde-se que a Camipão fechou portas de forma repentina no passado dia 24 de março. A atividade foi descontinuada e os 60 funcionários foram dispensados. “Nós não vamos parar e estamos muito unidos. O barco é o mesmo. Temos gente a passar mal, com grandes necessidades”, afirmou ao JN, referindo que os trabalhadores já pediram a insolvência da empresa e a intervenção da ACT.
No total, ainda de acordo com dados do JN, a Camipão deverá ao conjunto dos funcionários mais de 200 mil euros. Estão por pagar subsídios de férias e natal de 2019. À maioria dos trabalhadores junta-se ainda o subsídio de Natal de 2018. Quanto a salários, terá sido apenas pago meio mês de janeiro de 2020.
Nascida em 1973, a Panificadores Unidos do Concelho de Caminha, Lda. comercialmente conhecida por Camipão, surgiu através da fusão de diversos panificadores que exerciam a atividade no Concelho.
A empresa expandiu-se notoriamente a nível regional e aumentou significativamente a carteira de clientes e, a montante, a capacidade de produção. Criou depois lojas próprias de venda, a retalho.
Durante anos, comercializou produtos não só nas linhas de padaria e pastelaria mas também uma vasta gama de snacks e refeições ligeiras.
Quando encerrou, além das instalações e fábrica em Vila Praia de Âncora, a Camipão tinha 11 lojas a funcionar concelhos de Caminha e Vila Nova de Cerveira, sete das quais propriedade da empresa.
A Rádio Vale do Minho está a tentar em contacto com a administração da empresa. Até ao momento não foi possível.
[Fotografia: Arquivo / DR]
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