Ao contrário do que uma revista avançou esta semana, a 20ª edição do Festival de Paredes de Coura ainda não tem datas definidas. Isto porque, neste momento, a entidade organizadora, a Ritmos, encontra-se a negociar com a autarquia local o apoio dado para a sua realização.
Devido aos cortes nas transferências do Estado para câmaras em 2012, o executivo courense também tem de apertar o cinto, o que se vai reflectir no financiamento atribuído a este evento musical, ao nível de infra-estruturas.
O porta-voz da Ritmos explica que a autarquia liderada por António Pereira Júnior entra com uma pequena parte de investimento no orçamento total do evento de 2 milhões de euros, mas que para João Carvalho faz toda a diferença.
No entanto, e apesar deste processo se estar a arrastar, o responsável acredita que vai haver "fumo branco" nos próximos dias, e descarta a ideia de que a realização do Festival de Paredes de Coura possa estar em causa.
Referindo que o evento já se faz no limite financeiro, João Carvalho diz ser impossível reduir ao orçamento dos anos anteriores, sobretudo num ano em que o Festival de Paredes de Coura comemora 20 anos e que a organização pretende que seja assinala em grande.
O responsável mostra-se ainda "desiludido e irritado" com o facto de os grandes patrocínios só olharem para Lisboa e Porto, esquecendo-se que o Festival de Paredes de Coura tem sido consecutivamente "agraciado" pela crítica internacional como o melhor festival português.
Ainda não há calendário para a edição 2012 do Festival Paredes de Coura porque a Câmara e entidade organizadora estão a meio de um processo negocial, devido aos cortes que o executivo municipal se vê obrigado a proceder dada a situação de crise. No entanto, a Ritmos garante que realização não está em causa.
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