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Vila Nova de Cerveira

Câmara quer valorizar o Forte de Lovelhe

20 Maio, 2014 - 07:05

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Autarquia pretende tornar o forte num espaço visitável e acessível à comunidade cerveirense e turistas.

Tornar o Forte de Lovelhe um espaço visitável e acessível à comunidade cerveirense e turistas, é com este intuito que a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira vai avançar com uma candidatura a fundos comunitários que permita concretizar um projeto de valorização dinâmico. Aurora Viães apresentou, este domingo, em Lovelhe, as intenções da autarquia.
Durante a sessão de esclarecimento que decorreu no edifício da antiga Junta de Freguesia de Lovelhe, a vereadora da cultura, acompanhada pela arqueóloga da Câmara Municipal, Paula Ramalho, começou por clarificar os presentes que o projeto que este executivo pretende implementar não implica destruição, mas o restauro das ruínas e da Fortaleza. “Queremos que aquele monumento fique descoberto e mais atrativo para os turistas e investigadores”, realçou.
Aurora Viães explicou que, nos últimos anos, o Forte de Lovelhe já foi alvo de duas candidaturas a fundos comunitários que receberam luz verde, mas que depois não se concretizaram. Agora, a ideia é voltar a apresentar nova candidatura e colocá-la em prática porque “não há no Norte Peninsular uma estação arqueológica tão rica como o Forte de Lovelhe”. Três medidas a executar: percurso de visitas, restauro e Núcleo Interpretativo.
Considerando o turismo fundamental para o concelho e toda a região, este projeto integra a criação de um percurso de visitas com saída da Junta de Freguesia e que proporcionará o contacto com as ruínas existentes. Para esse efeito, vão ser colocadas placas interpretativas para orientar os visitantes.
Os trabalhos de restauro previstos aportam a reposição de paramentos e redução dos efeitos de erosão, a valorização das zonas escavadas e consequente musealização. O projeto de restauro está a ser acompanhado pela Direção-Geral da Cultura do Norte (DRCN), uma vez que esta instituição tem um parecer vinculativo em relação a futuras candidaturas.
Para uma melhor concretização desta medida, a vereadora explicou a necessidade do corte da vegetação arbórea existente. Aurora Viães recordou que o primeiro abate versou as árvores doentes, e a segunda iniciativa, que ainda irá decorrer, será realizada tendo em conta as orientações da DRCN, que alerta para a necessidade de se cortar os pinheiros e outras árvores junto das ruínas e da Fortaleza, evitando o risco de danificar estas estruturas.
Após o corte vai-se proceder à substituição das árvores, mas em locais estratégicos e definidos pelas DRCN de forma a não representarem um risco para o património. Não obstante, a Câmara Municipal tem de assegurar a limpeza do Forte de Lovelhe “pelo menos três vezes por ano”, de modo a controlar a vegetação e deixar o espaço descoberto e convidativo.
Por fim, a criação de um Núcleo Interpretativo do Forte de Lovelhe, um espaço que dignifique todo o espólio existente e que vai ficar instalado no edifício da antiga Junta de Freguesia de Lovelhe.
Este núcleo vai dispor de uma área de exposição permanente que proporcione informações sobre o Forte e as épocas que vivenciou; uma sala de multiusos para proporcionar todas as condições necessárias a estudantes e investigadores interessados nas peças e na história do Forte. Ainda uma área de reservas para receber as peças quando não estão em exposição, uma sala de tratamento de materiais e um gabinete de trabalho.
Socorrendo-se de alguns exemplares encontrados no Forte de Lovelhe, a arqueológa da Câmara Municipal, Paula Ramalho, apresentou a sequência cronológica do aro arqueológico, dando destaque à conta em ouro com 1500 anos, e a um conjunto de loiça cerâmica das várias épocas.

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