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Monção

‘Basta a CGTP levantar a voz e os ministros metem o «rabinho» no meio das pernas’

21 Maio, 2016 - 23:28

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Vice-presidente do PSD classificou Monção como um concelho ‘parado e adiado’

Marco António Costa arrasou este sábado, em Monção, o Governo socialista liderado por António Costa. Durante a cerimónia de tomada de posse dos órgãos de secção do PSD local, o vice-presidente do partido diagnosticou uma “doença silenciosa” ao país. “O ambiente que vivemos hoje no país é um ambiente preocupante. E as doenças silenciosas são as mais preocupantes de todas. São aquelas que não evidenciam a sua presença e que quando são descobertas, por norma já é tarde para serem tratadas atempadamente. Essa doença chama-se eleitoralismo”, atirou.
“Temos um governo que, não tendo vencido as eleições, vive obsecado com as próximas eleições. E nessa lógica e nessa obsessão, promete tudo a todos. Quer oferecer tudo a todos. Basta haver um protesto ou uma reclamação para voltarem atrás com as decisões ou então tomarem decisões que acrescentam despesa permanente ao Estado”, lamentou o dirigente social-democrata.
Foi então que Marco António Costa ‘puxou o gatilho’ e sublinhou que “nós hoje temos uma maioria de esquerda que é intolerante democraticamente. Atacam de forma despudorada e com uma linguagem inapropriada o trabalho que fizemos no governo”. Ato contínuo, disparou. “Se é verdade que há uma intolerância democrática, é também verdade que há um extremismo ideológico em todas as opções deste Governo. Basta a CGTP levantar a voz e os ministros metem o ‘rabinho’ no meio das pernas e saem a correr para cumprir as ordens da CGTP. É uma vergonha!”. A «sala do Território» do Museu do Alvarinho, completamente cheia, rebentou em aplausos.

Monção tem “estado parado e adiado”

O vice-presidente do PSD não perdoou também a atual gestão PS na Câmara de Monção. “Eu sei que este concelho tem estado parado. Tem sido um concelho adiado nestes três anos de mandato socialista. Tem sido um concelho que não fez aquilo que nós hoje vimos fazer pelo arquiteto João Miguel Felgueiras, que é renovar-se para preparar-se para o futuro”. Recorde-se que João Felgueiras é o autor da terceira proposta de Requalificação Urbanística da Avenida D. Afonso III, envolvente da antiga estação da CP [link para a notícia: https://www.radiovaledominho.com/#!news-27395]. Sobre o trabalho do arquiteto, Marco António Costa considera que “é uma ideia e um conceito relativamente ao futuro deste concelho. E esse conceito tem subjacente a ideia de atratividade para o turismo. As pessoas que cá vêem querem encontrar um concelho arrumado. Que seja atrativo”. “Não devemos ter nenhum tipo de dificuldade em reconhecer o que é bem feito. Temos hoje um pouco por todo o mundo pequenos concelhos que se afirmam à escala global porque fizeram o seu trabalho de casa”, referiu.
Já sobre as próximas eleições autárquicas, e ainda sobre Monção, o vice-presidente ‘laranja’ espera apenas um cenário. “António [Barbosa] tem ambição. Não quer ser como este presidente de Câmara que cruzou os braços à espera que o tempo passasse. Quer trabalhar. Quer fazer coisas pela terra dele. E quando deixar de ser presidente de Câmara, o António [Barbosa] quer deixar um concelho que esteja preparado para a década que vem aí”, concluiu.

António Barbosa: “Não ganharemos as eleições sozinhos!”

No seu discurso, o líder social-democrata monçanense optou por colocar o ambiente festivo à margem e deixou várias instruções aos militantes e simpatizantes presentes. “Nós andamos hoje nas ruas de Monção e toda a gente diz que o PSD e que o António Barbosa já ganharam as eleições. Este é o maior erro que podemos cometer”, alertou. “Nós ganharemos as eleições se aqueles que estiverem aqui dentro e os muitos outros que estiverem lá fora tiverem a capacidade de perceber, de vir ter connosco e dar o seu contributo. Quando falamos num café com um amigo, quando estamos com a família, e quando vamos buscar mais um elemento para juntar aos nossos. Assim é que se ganham eleições!”.
“Todos fazem falta! Já começámos a bater à porta dos militantes. É hora de juntar os de dentro para depois ir buscar os de fora”, continuou António Barbosa. Ainda sem assumir qualquer candidatura nas próximas autárquicas, o vereador já começou a apelar a uma maioria PSD em 2017. “Para que possamos, de uma vez por todas, voltar a colocar Monção na rota do desenvolvimento e na liderança do distrito a qual perdemos ao fim destes 20 anos”.
O líder social-democrata monçanense recebeu também, durante esta cerimónia, o apoio incondicional do presidente da Comissão Política Distrital do partido. No seu discurso, Carlos Morais Vieira lembrou que “o PSD é um partido grande. É um partido do poder local. Mas o PSD, no distrito de Viana do Castelo – infelizmente – é um partido pequeno no poder local. É triste! Não podemos continuar assim!”. O líder da distrital voltou a vincar a intenção clara de inverter o ‘xadrez político autárquico’ no Alto-Minho. “Pretendo que o PSD, em 2017, não seja igual ao que foi nos anos anteriores. O PSD não pode continuar a ter apenas duas autarquias no distrito de Viana do Castelo [Valença e Arcos de Valdevez]. Espero que os sinais destas duas autarquias sejam ramificados e potenciados no resto dos concelhos”, concluiu Morais Vieira.

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