Em tempo de Reis, voltamos à normalidade em termos de programação desportiva própria de fins-de-semana. A única incerteza estará em saber quem vai oferecer as melhores prendas.
Sobre a primeira jornada do ano no que se refere ao nacional, paira a incerteza sobre que equipa vai apresentar o Melgacense em terras de Lanhoso para defrontar a Maria da Fonte, equipa que teve um mau começo de época, sofreu uma transformação total, mas está quase às portas de poder entrar em lugares de manutenção. Caso triunfe, a equipa dos Moinhos Novos ultrapassará mesmo o seu adversário e retirará muitas hipóteses aos da terra de Inês Negra, adensando ainda mais negro o clima e o futuro da equipa que parece também não se afastar muito dessa cor carregada.
O Desportivo de Monção tem viagem longa até ao nordeste transmontano onde mora o líder do campeonato, acabado de sofrer o primeiro dissabor na capital vianense. Teremos um encontro de extremos na tabela, de modo que se a lógica imperasse no futebol estaríamos apenas a questionar os números da vitória dos brigantinos, mas como a surpresa surge quando menos se espera, não terão os monçanenses oportunidade melhor para esse facto.
O Vianense, instalado agora no pódio, tem viagem até ao Merelinense, equipa que terá talvez a derradeira hipótese de se agarrar aos três pontos para poder adquirir uma réstia de esperança, pelo que não facilitarão a tarefa aos homens de Paulinho, que também por sua vez não poderão descuidar-se pois a equipa de Santa Maria, que defrontará o Taipas aguarda a derrapagem dos vianenses para ultrapassar por qualquer lado e “roubar-lhe “ o lugar do pódio.
A outra equipa distrital, o Ponte da Barca joga cartada decisiva, que poderá ser a derradeira caso não triunfe perante o Esposende, enquanto o Ronfe é favorito à manutenção do lugar de prata, enquanto anfitrião do Marinhas.
E assim será o arranque do novo ano, esperando cada qual ter a sua própria prenda, aguardando que alguma outra lhe caia por benesse.
Cá pela Honra, mais uma jornada – a penúltima para atingirmos metade – que apesar de não reunir, à partida, tamanhas emoções expectativas como as duas anteriores, nem por isso deixará de reunir boa dose de interesse.
Do par da liderança, o Valenciano joga em casa recebendo o Vila Fria, ao passo que o Courense vai de abalada até Lanheses. Embora reúnam favoritismo, convenhamos que a percentagem dos valencianos o é em maior escala, mormente pelo factor casa, já que o Lanheses começa a adquirir um estatuto e uma posição na tabela mais em conformidade com o que nos habituou. Todavia, não ignoremos as dificuldades extremas que a lanterna vermelha criou no mais recente jogo no Lourenço Raimundo, bem como a moral em alta dos courenses após a vitória sobre o assumido Neves.
O par cerveirense joga também em posições diferentes, com os da vila a receberem o Moreira de Lima e os do 1º de Janeiro a viajarem até Vitorino de Piães. A tarefa será mais complicada para os de Campos, não só porque se deslocam a um campo tremendamente difícil, em ambiente nada favorável, mas porque se nota um equilíbrio pontual entre ambos, enquanto os da sede do Concelho têm obrigação de averbar os três pontos em disputa, não só pelo factor casa, mas ainda pela diferença pontual existente, além de não pretenderem deixar o último lugar do pódio senão até subir mesmo mais um degrau.
Três encontros restantes, com o candidato Neves a voltar ao seu reduto depois da derrota em Coura, à espera que seja a Correlhã a “pagar as favas”, de modo a poder continuar a depender apenas de si próprio para chegar ao primeiro lugar, acrescendo-lhe um Távora/Bertiandos, em que dose elevada de favoritismo vai para os do Monte Aval, que pretenderão segurar-se pelo meio da tabela, ficando a luta do fundo da mesma entregue ao par Paçô/Vila Franca, com a certeza que os da terra das rosas permanecerão na lanterna vermelha, podendo, todavia, aproximar-se do degrau acima ou mergulhar ainda mais fundo.
Descanso para Necas Lima e seu Castelense que poderá entrar em zona muito perigosa, tornando este campeonato deveras emocionante quer no topo quer agora também na cauda da tabela, com entusiasmo redobrado de ora em diante.
Pela I Divisão distrital, cabeça de cartaz na jornada o confronto entre os dois primeiros, com o líder Darquense, agora com a vantagem de um único ponto, a receber o Lanhelas, numa hipótese de permuta à vista, facto impensável há duas semanas ou não fossem as duas derrotas consecutivas dos comandados de Teo. Incógnita grande sobre se vai acontecer ditado que “não há duas sem três”, se a equipa da margem esquerda do Lima vai voltar a colocar-se à distância ou se se manterá a separação actual. Tripla no Darquense/Lanhelas, com o Perre à espreita para se colocar mais próximo de ambos ou de um deles, na deslocação a Castanheira, equipa que tem medido as últimas prestações muito por baixo.
Os outros dois conjuntos do Vale do Minho, tal como o Castanheira, também jogam nos seus redutos com equipas que se encontram atrás de si na tabela, devendo assumir, por isso, em ambos os caso, a condição de favoritos à vitória. O Moreira é anfitrião do Chafé, separados por um ponto, antevendo-se as consequências para os canarinhos em caso de mau resultado, enquanto o Raianos defronta o Gandra, separando-os onze pontos, significativo para os monçanenses aumentarem esta diferença e manterem o quinto posto, podendo aproximar-se do lugar acima, já que não conseguirão atingi-lo.
Seguem-se dois confrontos entre pares vizinhos de tabela, começando pelo Fachense/Arcos, empatados pontualmente, e vizinhos também geograficamente, como é o caso do Ancorense/Caminha, em que o ponto de distância equivale ao quilómetro de separação, conferindo ao encontro o acréscimo da rivalidade específica dum dérbi. Finalmente outro dérbi, este limiano, entre Vitorino Donas e Arcozelo, dois conjuntos com razoáveis prestações deixando antever três jogos de equilíbrio e boa disputa, ficando da ronda a certeza que a lanterna vermelha Águias do Souto não tem qualquer hipótese de deixar o lugar, dada a folga.
De regresso após três semanas de férias, aí está mais uma jornada do Inatel com um confronto entre as equipas extremas da tabela, dando, por isso, alguma vantagem ao campeão e líder Longos Vales, a jogar perante o seu público, com o Gárcea, pautando-se os outros três confrontos pelo equilíbrio patente da classificação com destaque no dérbi limiano entre Calheiros e Anais, extensivo ao outro conjunto limiano a jogar em casa, o Cepões, anfitrião da “prata” Adecas, com hipótese de permuta e finalizando em Deucriste com a recepção ao Cabaços, equipas menos produtivas até ao momento.
Quase a finalizar, menção à gala do clube mais representativo distrital, no momento presente, que obrigou à antecipação para este Sábado do confronto no Cruzeiro, que marca a luta pelo segundo lugar, com os sensacionais Limianos a receberem o Ribeirão, podendo confirmar o excelente momento e prestação que os poderá fazer regressar à vice-liderança.
De regresso está também o campeonato maior, intercalado entre as decisões da Taça da Liga, com as águias no galho mais alto a defrontarem os “netos”, canarinhos no Estoril, lá para o fim de tarde de Domingo, em fecho de jornada, facto que lhes permite gerir as contas dos outros. Minutos antes, no AXA, os Arcebispos vão tentar que não seja invertida a hierarquia, ficando eles à frente dos Cónegos, e pela tarde/noite de Sábado, os dragões tentarão repetir o resultado de há dias frente ao Nacional, para poderem discutir a liderança no grande embate da próxima semana, residindo quiçá a curiosidade maior em saber que “mobília” irão ofertar os pacenses ao famigerado e moribundo leão: há quem vaticine o caixão, mas também quem preveja a oferta duma escada segura para iniciar a subida.
A sua “prenda” de Reis poderemos dar-lha nós durante a tarde de Domingo, levando até si todas as informações sobre a jornada. Bem merece essa prenda da nossa parte.
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