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Desporto

Antevisão à jornada de 13/14 de Dezembro

12 Dezembro, 2014 - 09:13

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É tremendamente errado pensar que o Porto/Benfica de Domingo é tudo, pois quando muito é no final de quase tudo e é muitíssimo o que se nos apresenta para este fim-de-semana de antevésperas de Natal.
Aliás, a nível dos campeonatos distritais, estaremos mesmo na derradeira ronda antes da grande festa familiar, embora nos fiquem reservadas as emoções da Taça lá mais para as vésperas.
Relativamente ao campeonato principal vianense, Neves ou Arcos, um deles passará o Natal na liderança; e Perre ou Moreira de Lima, também um deles o passará na lanterna vermelha: eis duas certezas que se nos deparam numa jornada que se prevê emotiva quanto baste, para não variar, e a anteceder outras de enormes incertezas, naquele que já se perspectiva como um dos mais equilibrados campeonatos de sempre. Então se o compararmos com o “passeio triunfal” do Cerveira na época passada!
Neves ou Arcos poderão passar o Natal emparceirados na liderança, com ou sem companhia ou apenas um deles de forma isolada. Mas ambos jogarão fora! E então o Atlético dos Arcos fá-lo-á na Correlhã, recinto onde ninguém ousou ainda pontuar sequer, com os cornelianos a espreitar a dianteira (atenção ao jogo em atraso) e a assumir-se como sério candidato. Por seu turno, o Neves desloca-se à outra margem do Lima, a Lanheses, onde a equipa local aposta agora unicamente na manutenção, pois já perdeu em casa oito pontos em quinze possíveis.
Não obstante, há que atentar sempre em encontro difícil para o líder, que manterá esse posto mesmo perdendo, se Arcos também sair derrotado, e independentemente de Ponte da Barca e/ou Courense vencerem. Ora, os barquenses assumem total favoritismo, em sua casa, perante o Campos e, para concretização do seu objectivo inicial do título, não poderão vacilar nesta partida; já para o Courense a missão é bem mais complicada, já que se desloca ao Valenciano, totalmente impedido doutro resultado que não a vitória, após os dois empates anteriores e a eliminação da Taça, sob pena de a dianteira passar a ser miragem.
Em plano intermédio, Desportivo de Monção e Melgacense têm duas viagens algo distantes e com alguns perigos evidentes: os de Deuladeu vão até Vila Fria, a um recinto pelado, onde os locais se empertigam, certamente recordados da mão cheia ali carregada pelo Melgacense, que vai de abalada até Vitorino de Piães, conjunto muito complicado mormente em sua própria casa.
Num mesmo plano, defrontar-se-ão Paçô e Castelense, embora com os arcuenses mais tranquilos e com excelentes resultados em sua casa, mas os de Castelo de Neiva tentam recuperar terreno perdido. Finalmente, Perre e Moreira de Lima lutarão pela fuga à lanterna vermelha que ficará propriedade de um deles, e só deixará de ser dos limianos em caso de vitória.
Na divisão secundária, voltamos a colocar pelo segundo fim-de-semana consecutivo um jogo do Raianos em destaque na ronda. Concretamente, o encontro em Chafé, por inversão da ordem das partidas. Trata-se do ciclo mais terrível dos monçanenses, com meia dúzia de jogos seguidos fora de casa. Os anfitriões têm mais três pontos que os raianos e menos uma partida, o que em caso de triunfo poderá equivaler a alargar distância muito significativa. Têm a palavra os comandados de Tiano Faria para não permitir a fuga do adversário e se não for possível alcançá-los, pelo menos retardá-los. Haverá, porém, um factor motivacional extra para os vianenses de Marco Alexandre: a hipótese alcançar a liderança, quiçá, mesmo sem recurso ao encontro em falta. Neste caso extremo, teriam que fracassar Vila Franca e Moreira, ambos também interessados em comer o bacalhau na cadeira da frente. Os da terra das rosas têm tudo á sua mercê, com a recepção ao Bertiandos, arredado ao meio da tabela; os moreirenses viajam até à lanterna vermelha, Águias do Souto, e não obstante as complicações que lhe possa trazer quem busca, incessantemente, o primeiro ponto, a equipa de Sérgio Felgueiras tudo fará para se manter pelas alturas.
Pelo posicionamento na tabela e pelo que têm feito na prova, antevê-se interessante o duelo Vianense B/Arcozelo, com cada qual em pensamento de se chegar mais à frente. Interessante se prevê também mais um dérbi caminhense, desta feita com a equipa da sede do concelho a ser anfitriã do Lanhelas, dois conjuntos em “maré” positiva, e, por isso, com prognóstico mais reservado (desportivo, que não clínico).
Faltam três jogos a envolver conjuntos da zona mais baixa da tabela e de alguma frustração, salvo excepção ao Gandra, anfitrião do Fachense, que tem tido melhores prestações, dentro dos seus objectivos, ao contrário dum Távora/Ancorense, ambos saídos de derrota, e ainda um Castanheira/Darquense, propício aos courenses voltarem a saborear um triunfo que se lhes escapa há tempos.
O nacional de seniores entrará na fase do quase tudo ou nada em termos de salvação imediata, só alcançada pelos dois primeiros, numa décima segunda jornada em que os extremos da tabela se tocam. Vieira, lanterna vermelha, e Fafe, líder isolado defrontam-se com os anfitriões a comprometerem a sua saída do fosso caso não averbem os pontos em disputa, os quais serão, por sua vez, preciosos para os visitantes. Vilaverdense/Vianense será o jogo decisivo e de última expectativa para qualquer deles, numa ambicionada (embora difícil) chegada aos lugares doirados, servindo sempre como pecúlio com vista à salvação entre dois clubes empatados pontualmente. Missão complicada para o Limianos, empenhado em sair do penúltimo posto, em viagem até às Pedras Salgadas, a equipa sensação no que vai de época e em pensamento na subida de mais um degrau desde o último lugar do pódio. Mais uma hipótese a não desperdiçar por Santa Maria, jogando perante seu público, apesar do adversário se chamar Mirandela e se encontrar no lugar de “prata”, com enorme intuito em conservar.
Finalmente, o Cerveira a esperar algumas ajudas extra, só favoráveis se fizer o seu trabalho caseiro: derrotar o Bragança e deixá-lo longe da vista em lugares de afundanço.
E como andamos pelas proximidades do Natal, saudemos também o Inatel que vai para a ronda quarta, com o Longos Vales na tentativa de quebrar o enguiço e meter ao bornal os primeiros pontinhos da época, na deslocação a Cardielos, equipa que também não degustou o sabor do triunfo, tal como o campeão em título, Adecas, o que procurará conseguir desta vez na recepção ao Anais que, ao invés, ainda não amargou a derrota. O jogo da ronda será, porém, o Cepões/Cabaços, ambos invictos, mas com o forasteiro totalmente vitorioso, tirando algum fulgor à prova se mantiver esse estatuto.
E agora sim, poderemos começar a pensar nesse tal Porto/Benfica, o jogo da liderança do campeonato e dos preparativos para o “campeão de inverno”, lá para a noite de Domingo, refreadas já as emoções do resto do fim-de-semana. O clássico dos clássicos é antecedido pelo aperitivo do Sporting/Moreirense, escassas duas horas antes, e, ao contrário dos anteriores, tem sido mantida alguma calma nos preparativos, facto que muito nos praz registar, e surge na sequência de dois empates europeus dos intervenientes, provocados pelo pensamento nesse encontro, com a diferença de terem proporcionado consequências distintas, com despedida da águia e continuidade do Dragão.
Já terão passado também as emoções de Sábado, mormente na luta europeia que passa por Belém onde se deslocam os Arcebispos de Braga nesta véspera natalícia, bem como pelo Castelo de Guimarães onde o Rio Ave quer transbordar do leito. Passado estará também o frenesim e as pilhas de nervos que passarão por Barcelos nesse escaldante Gil Vicente/Académica. Será que os estudantes vão ter “galo” ou cantar de galo?
Aguardemos para ver quem, no final da jornada, cantará em tons alegres, moderatos ou elegíacos!

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