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Três meses e meio depois, Portugal e Espanha estão novamente de mãos dadas. Poucos minutos passavam da meia-noite desta quarta-feira quando as barreiras de proteção do lado português começaram a ser retiradas pela GNR.
Na ponte centenária de Valença, o ambiente era de visível contentamento. Perante o olhar satisfeito do presidente da Câmara, Manuel Lopes, a ponte histórica ia-se reabrindo a pouco e pouco.
Do lado de lá já estava tudo pronto. Já lá ia uma hora após a meia-noite. Dezenas de tudenses percorreram a ponte a pé. E fizeram questão de aguardar nas barreiras férreas na margem portuguesa.
Do lado de cá, assistia-se à reabertura de uma ponte cuja inauguração, ironicamente, se atrasou por causa de um vírus. Uma ponte que já atravessou um surto epidémico [1885] e duas pandemias [1918 e 2020].
Começaram a passar os primeiros automóveis e peões. Os que quiseram ser os primeiros a passar para o lado de lá como se ali estivessem a reviver a queda do “muro de Berlim” – assim comparou o presidente da Câmara de Valença esta separação forçada entre o Minho e a Galiza.
Mas, por agora, já faz parte do passado. Esperam todos que não volte a repetir-se. O Vale do Minho [região do distrito de Viana que inclui os concelhos de Monção, Melgaço, Valença, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Caminha] apresenta nesta altura 268 casos confirmados, sendo que apenas três estão ativos. Existem 242 casos recuperados e 23 óbitos registados.
A Galiza, evidentemente com um território maior, apresenta 11.556 casos confirmados, sendo que 314 estão ativos. Há 10.623 casos recuperados e 619 óbitos registados.
[Fotografia: DR]
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