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Alto Minho: Afinal o Ministro também vinha a Monção… mas cancelou – PS local desapontado

18 Janeiro, 2019 - 08:28

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Um PS desapontado. Magoado. Assim ficaram os socialistas de Monção, que lamentam não terem tido qualquer conhecimento formal da vinda do Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, ao Alto Minho […]

Um PS desapontado. Magoado. Assim ficaram os socialistas de Monção, que lamentam não terem tido qualquer conhecimento formal da vinda do Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, ao Alto Minho esta sexta-feira. Em reunião do Executivo Municipal, realizada esta quinta-feira na antiga freguesia de Sago [hoje União de Freguesias de Sago, Lordelo e Parada], o vereador e também coordenador da concelhia do partido, Paulo Esteves, carregou nas críticas. “Até hoje, nunca tive conhecimento. Penso que não custava nada ao Governo enviar-me uma missiva ou a outro militante. Não nos deu cavaco nenhum relativamente a esta vinda! Lá saberão o que estão a fazer”, lamentou o autarca. “Não gostei. Para mim, a oposição não é adversidade. A oposição é mostrar alternativa e ajudar o Executivo com o que entendemos ser a estratégia para o território ao qual prestamos contas”.

 

Paulo Esteves: “Os Ministros passavam de avião em Monção. Agora passam de carro, mas não param!”

 

A vinda do Ministro da Economia ao Alto Minho acontece, ironicamente, no Dia Internacional do Riso. Uma data em que o PS Monção poderá ter vontade para tudo, menos para sorrir. Paulo Esteves prosseguiu em jeito de desabafo. Foi buscar uma expressão proferida pelo anterior presidente da Câmara, em 2016, e conferiu-lhe evolução, mas para pior. “Os Ministros passavam de avião em Monção. Agora passam de carro, mas não param!”, concluiu.

 

Pedro Siza Vieira vinha mas… cancelou

 

Do lado da maioria social-democrata, as revelações feitas pelo presidente da Câmara deixaram a sala ainda mais perplexa. António Barbosa encontrava-se fora do país quando recebeu uma chamada anunciando a visita do Ministro da Economia com intenções de visitar a Sociedade Artística de Monção. “Aproveitando esse facto, achamos interessante aproveitar a presença do Sr. Ministro para, de uma vez por todas, termos cá um representante político a visitar as obras do Minho Park e que nos pudesse explicar o que estava a acontecer”, disse. “O meu gabinete enviou esse pedido. De seguida, a visita a Monção foi cancelada. Isto dá a ideia que o Minho Park terá qualquer coisa que afasta os nossos políticos”.

O sonho do Minho Park começou em 2005. Um projeto da Câmara Municipal de Monção (dez por cento) e da Associação Industrial do Minho (noventa por cento). Iria abranger as freguesias de Pinheiros, Troporiz, Mazedo e Lara. O objectivo passaria por acolher empresas ligadas às mais variadas áreas. Mais de 10 anos depois, em 2016, tudo parecia correr da melhor forma e o espaço parecia pronto a acolher as primeiras empresas no ano seguinte. A capacidade estimada seria para 80 empresas, dando assim emprego a mais de 1.200 pessoas.

 

António Barbosa:  “O meu gabinete enviou esse pedido. De seguida, a visita a Monção foi cancelada. Isto dá a ideia que o Minho Park terá qualquer coisa que afasta os nossos políticos.”

 

No entanto, em finais do ano passado, o Tribunal de Vila Nova de Famalicão decretou a “liquidação e encerramento” da Associação Industrial do Minho depois de a assembleia de credores ter rejeitado um plano para recuperar a instituição da insolvência. Apresentando uma dívida superior a 12 milhões de euros, a Associação Industrial do Minho tem como dois maiores credores a Caixa Geral de Depósitos, que votou favoravelmente o plano de recuperação apresentado, e o Novo Banco, que “chumbou” a proposta, levando aquele tribunal a declarar o fim da instituição. O Minho Park encontra-se, assim, num impasse.

Apesar deste cancelamento, Barbosa garantiu que iria marcar presença em Melgaço. “Irei falar com ele relativamente a esta matéria. Vou tentar perceber porque é que não há forma de desencantarmos uma simples visita ao Minho Park. Não há quem nos dê a mão para conseguirmos resolver aquele problema”, lamentou o edil monçanense que, sublinhou, congratula-se de não ter qualquer razão de queixa por parte do Governo. Percebeu-se, no entanto, que este desvio feito por Siza Vieira, tirou parte do sorriso a António Barbosa. “Quando chegamos à altura das eleições, esses senhores que estão lá por baixo precisam sempre de nós! Passam as eleições e esquecem-se sempre dos que o elegeram. Alguns nem sequer sabem o que é ser eleitos. São empurrados para lá, sabe-se lá de que forma”, finalizou o presidente da Câmara.

 

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