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Monção

Monção: Multidão assistiu ao nascimento da nova sede da Banda Musical

26 Abril, 2017 - 09:21

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Aplausos e olhares emocionados marcaram o primeiro dia de um antigo sonho da centenária insituição.

Gente. Muita gente. Uma enorme moldura humana acorreu esta terça-feira à antiga estação de caminhos-de-ferro de Monção para assistir ao primeiro dia da nova sede da Banda Musical de Monção. Vinham de todos os cantos do concelho. Procuravam o melhor lugar numa zona cujo visual está a mudar. Do passado vão restando as fotografias. Alguns vídeos talvez. Sobre o futuro, muito se discute. As opiniões divergem, mas todos certos de que aquele espaço – paredes meias com a sala de espetáculos da vila – está a ganhar um rosto diferente. E esse futuro, não havia dúvidas, já tinha começado.
Havia quem quisesse ver o Ministro. “O nosso Tiago”, como alguns lhe chamam. De sorriso tímido e avesso ao vedetismo, o courense apareceu de repente… acompanhado pelo Executivo Municipal às portas daquele edifício cuja requalificação há tanto se falava. E tanta tinta fez correr. E a banda entrava. Desfilava. Vinha do outro lado da rua trajada com novos fardamentos. O povo aplaudia. Monção estava orgulhosa e os músicos, de um profissionalismo irrepreensível, tentavam conter a lágrima teimosa ao canto do olho.
“Regozijo-me especialmente por Monção ter tido a audácia de requalificar esta centenária estação para que agora seja a casa de quem merecia”, disse Tiago Brandão Rodrigues sem nunca perder o sorriso aberto perante a imensidão de almas que o ouviam em pé. “Esta sede é mais do que simplesmente uma sede. É um presente que sinto estar a ser recebido como algo que era há muito desejado e por isso e adotado hoje por quem de efetivamente é”. O governante deixou ainda uma palavra de apreço a “todos aqueles que já passaram por esta banda. Todos aqueles que já foram, todos aqueles que são e todos aqueles que virão a ser. É como uma nova pauta onde poderão escrever tudo aquilo que sabem, sentem e tudo aquilo que sonham”. O Ministro da Educação mostrou-se também visivelmente satisfeito com a equipa liderada pelo presidente da Câmara. “É verdadeiramente especial ver como a autarquia trabalha de forma próxima com as coletividades e, neste caso, com esta Banda Musical centenária”, concluiu.

Augusto Domingues: “Esta obra é um orgulho para todos”

Visivelmente emocionado, o presidente da Câmara de Monção começou por fazer um resumo da história tanto daquele edifício como da Banda Musical de Monção. Mas não havia tempo para contar em pormenor dois séculos de tantas glórias musicais. Augusto Domingues optou por recordar a mais recente em «câmara lenta». “Jamais esquecerei o prémio alcançado no Concurso Internacional de Bandas de Música de Valencia. Apeteceu-me gritar para afirmar que era monçanense. Apenas o decoro e protocolo me impediram de o fazer”, confessou o autarca. “Senhor presidente da direção, aqui tem a chave merecida”, disse Augusto Domingues de olhar em João Antunes. Seguiu-se o abraço. O momento. O aplauso e minutos que ficarão para sempre na história do concelho. “Sinto uma grande felicidade por ter cumprido uma promessa e por ter garantido o futuro da Banda. Esta obra é um orgulho para todos os monçanenses. É uma honra enorme ser presidente desta terra”, finalizou o autarca.
Por sua vez, o presidente da direção da Banda Musical de Monção mostrou no seu discurso um olhar já colocado no futuro. João Antunes vê a a nova sede como “um lugar onde os novos alunos darão os primeiros passos, subindo degrau a degrau, para mais tarde também eles continuarem a alimentar e dar anos de vida a esta banda que a todos acolhe”. “Cumpre-se hoje um sonho. Uma aspiração já antiga que pacientemente fomos aguardando. Sabemos que este é um dos prédios mais emblemáticos de Monção, mas também sabemos que assente perfeitamente num dos grandes emblemas desta terra”, finalizou.
Inserida numa área extensa com significativo movimento automóvel e pedonal, a nova sede da Banda Musical de Monção engloba um espaço para ensaios coletivos e salas individualizadas para a aprendizagem e aperfeiçoamento dos diferentes instrumentos.
Mantendo a traça arquitetónica original e a memória ferroviária de outrora, através de elementos identificativos e a cobertura nas traseiras, representa o ponto de partida de um projeto estruturante para a beneficiação daquele espaço situado à entrada do centro histórico da vila. A comparticipação governamental foi de 85 por cento. O valor de adjudicação da empreitada, à qual concorreram várias empresas, ficou em 322.656,00 euros acrescida de IVA.
A filarmónica monçanense, cuja existência remonta a finais do seculo XVIII, ocupava o antigo quartel dos bombeiros voluntários de Monção, imóvel localizado no centro histórico disponibilizado pela autarquia. O edifício deverá ser transformado na Casa da Juventude.

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