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“Eu não ganho qualquer salário, rendimento ou qualquer outra compensação pelo cargo de vogal que ocupo na empresa Águas do Alto Minho [AdAM]”. Foi desta forma, em tom pragmático, que o presidente da Câmara de Paredes de Coura respondeu à questão colocada pela Rádio Vale do Minho perante informações contrárias que circulam nas redes sociais.
“Há um dever de transparência. E esse dever faz-se junto dos meios de comunicação social ou através de comunicados emitidos pelo próprio Município”, sublinhou Vítor Paulo Pereira.
“As redes sociais tornam-se por vezes um mundo em que quase nada se consegue explicar com serenidade e com sensatez. É um mundo muito exaltado em que muitas pessoas partem quase sempre do princípio que sabem tudo, quando eu parto sempre do princípio de que ninguém sabe o suficiente para ser intolerante”.
Ainda mais cirúrgico, o autarca reprova atitudes de munícipes que “em vez de acusar poderiam participar mais na vida pública, poderiam pedir esclarecimentos por via oficial e participar nas Assembleias Municipais”. Só que não está a acontecer. “Há pessoas que preferem continuar na maledicência nas redes sociais. Claro que estas são úteis, mas é todo um mundo onde as pessoas não conseguem participar de forma ordeira em vez de atirarem pedras e se esconderem”, desabafou.
“O que quiseram muitas vezes insinuar foi que aquilo que levou à adesão foram os altos salários. Mas muitas pessoas não sabem que, do ponto de vista legal não é possível acumular qualquer tipo de rendimento com o salário de presidente de Câmara”, explicou Vítor Paulo Pereira.
A AdAM, que iniciou a operação do sistema de abastecimento de água e saneamento a 1 de janeiro deste ano, serve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira. É detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos sete municípios.
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