Luana Freitas, atleta da Associação Borges Sanda de Valença, alcançou a medalha de bronze no Campeonato Europeu da modalidade em Estocolmo, na Suécia.
O resultado, só por si, já é brilhante. No entanto, a desportista teve de enfrentar um imprevisto: poucas mulheres em prova.
“O Sanda ainda tem um ambiente muito masculino”, lamentou a atleta, com 24 anos de idade, natural de Viana do Castelo.
“[Em Estocolmo] foi uma experiência muito boa. Mas tive alguns percalços. Havia poucas mulheres a competir. Tive de mudar para uma categoria acima da minha. Não havia ninguém com o meu peso para lutar”, revelou a atleta.
No próximo ano há Campeonato do Mundo. Luana Freitas espera que surjam mais mulheres apaixonadas pelo Sanda.
“Penso que a única barreira para as mulheres acaba por ser o medo. Sei que muitas treinam mas há o medo da competição. São desportos de combate e ainda há a tendência de pensar que são mais para homens”, lamentou.
Praticante de Sanda há dois anos, Luana Freitas sempre cresceu ligada a desportos de combate.
“O meu pai praticou boxe. Tentou-nos incutir o bichinho e comigo isso aconteceu. Vim para Valença trabalhar e enveredei pelo Sanda. Apaixonei-me totalmente por isto”, confessou a atleta, orientada por Pedro Borges, que é também Selecionador Nacional.
O Sanda é uma modalidade de combate do Kung Fu onde são utilizados pontapés, socos e projeções (quedas).
Há escolas que trabalham os dois juntos e outras que separam as modalidades.
Comentários: 0
0
0