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Alto Minho

Trabalhadores dos Estaleiros apelam ao Governo para que “repense” venda da empresa

6 Novembro, 2012 - 09:03

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Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) apelaram ao Governo para que “repense” a reprivatização da empresa, depois de chegarem à fase final dois investidores estrangeiros.

Os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) apelaram ao Governo para que “repense” a reprivatização da empresa, depois de chegarem à fase final dois investidores estrangeiros.

“Esta é uma oportunidade para o Governo repensar o processo de reprivatização e verificar que se trata de um erro crasso. Se os estaleiros são viáveis para os privados, também o são para o Estado”, afirmou António Costa.

O porta-voz da comissão de trabalhadores dos estaleiros lembrou que em agosto estavam na corrida à empresa seis grupos, dos quais quatro foram convidados pelo Governo a apresentarem propostas vinculativas de compra.

Ontem, no final do prazo, duas propostas foram admitidas pela Empordef, apresentadas por um grupo brasileiros e outro russo, uma redução que a comissão de trabalhadores admite ser um “argumento válido” para que o Governo “repense” a venda da empresa.

“Esperamos que a reprivatização não avance porque se há dinheiro para ser ganho nos ENVC ele deve ir para os cofres do Estado. Não devemos proporcionar aos privados um verdadeiro Euromilhões”, acrescentou António Costa.

Recorde-se que a proposta de compra dos ENVC apresentada pelo grupo Volstad Maritime, da Noruega, foi excluída por ter entrado fora de prazo.

Segundo fonte ligada a este processo, a proposta deu entrada depois das 10:00 desta segunda-feira, motivo que levou a Empordef e a comissão de fiscalização do processo de reprivatização a decidirem a sua exclusão, validando apenas as que foram apresentadas por grupos do Brasil e Rússia.

“Por uma questão de equidade, foi decidido, de forma unânime, que a proposta seria excluída”, disse a fonte.

Constituída em 1952 e especializada na construção de navios tecnologicamente avançados e de apoio às atividades “offshore”, como prospeção de petróleo, a Volstad Maritime foi um dos quatro grupos convidados pelo Governo para a última fase da reprivatização dos estaleiros.

O grupo português Atlantic Shipbuilding, que em setembro assumiu a gestão dos estaleiros do Mondego, foi outro dos convidados para a última fase da venda da empresa, que terminou hoje, mas não avançou com qualquer proposta vinculativa.

Na corrida à aquisição de 95% do capital social dos estaleiros continuam assim dois grupos.

Responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina, a Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, apresentou uma proposta vinculativa de compra e representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais.

O grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa mas desconhecido no setor, fecha o grupo de duas empresas que formalizaram ofertas finais pelos ENVC.

Depois de concluída esta fase, com a entrega de propostas de compra à Empordef, esta ‘holding’ do Estado para as indústrias de Defesa terá três dias para realizar uma avaliação técnica das mesmas.

A comissão de fiscalização liderada pelo presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, terá que se pronunciar sobre o processo num prazo de cinco dias.

Ou seja, a partir de 14 de novembro o Governo terá condições para avaliar as propostas, sendo objetivo concluir o processo de reprivatização até final do ano.

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