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Viana do Castelo

Trabalhadores dos ENVC chamados a Lisboa para conhecerem futuro da empresa. Reprivatização em cima da mesa

19 Março, 2012 - 08:16

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O coordenador dos trabalhadores disse à RVM aguardar com “muita expetativa e esperança” a decisão do Governo.
Quanto à alegada reprivatização a 100 por cento, António Barbosa não quer adiantar pormenores, apenas lembra que os estaleiros “precisam de desenvolver parcerias estratégicas para a internacionalização, mas nunca perder a soberania nacional sobre a empresa”.

O novo modelo de gestão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que passará pela salvaguarda dos postos de trabalho, deverá ser conhecido esta segunda-feira. A Comissão de Trabalhadores dos ENVC foi convocada, ao final da tarde de domingo, para uma reunião com o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, em Lisboa, pelas 17:00.

Em cima da mesa deve estar a reprivatização total da empresa, preparando-se o Governo para lançar, dentro de 45 dias, um concurso público internacional para dar início a esse processo.

O coordenador dos trabalhadores disse à RVM aguardar com “muita expetativa e esperança” a decisão do Governo.

Quanto à alegada reprivatização a 100 por cento, António Barbosa não quer adiantar pormenores, apenas lembra que os estaleiros “precisam de desenvolver parcerias estratégicas para a internacionalização, mas nunca perder a soberania nacional sobre a empresa”.

Fontes ligadas a este processo confirmaram à Lusa que as negociações para a entrada de um grupo privado nos estaleiros públicos estão praticamente concluídas e a solução deverá final passar pela salvaguarda dos postos de trabalho e pela viabilidade futura da empresa. Já existem seis potenciais grupos interessados na compra dos ENVC.Tratam-se de grupos económicos ligados à indústria naval chinesa e russa, mas também investidores nacionais.

O objetivo da tutela passa por reprivatizar a empresa – nacionalizada há 37 anos a pedido dos trabalhadores e da própria administração -, nos próximos quatro meses.

A fonte do Ministério explicou que é utilizado o termo reprivatização porque os ENVC já foram privados (mesmo que há mais de 37 anos) e, por isso, é obrigatório o concurso público internacional, senão a solução passaria por uma negociação direta.

Atualmente trabalham nos ENVC cerca de 650 trabalhadores e a empresa apresenta um passivo acumulado superior a 270 milhões de euros.

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