Uma autêntica praga de moscas está a deixar a vida dos moradores de Carregal, em Tomiño, feita num inferno.
Nesta localidade, a poucos quilómetros de Vila Nova de Cerveira, há mais de três anos que o dia a dia se tornou uma verdadeira batalha contra estes insetos.
“Estão por todo o lado! Na cozinha, na sala, nos quartos, na garagem… Colocamos fitas próprias para as apanhar e enchem-se em pouco tempo”, contaram os moradores ao jornal Telemariñas.
A população recorre às redes mosquiteiras. “Mas elas acabam sempre por entrar”, lamentam. “Pulverizamos com inseticida três ou quatro vezes ao dia e também não adianta. Passado um tempo já está tudo cheio de moscas outra vez”, disse Jonathan Juanes, morador.
Apesar de estarem em área rural onde, naturalmente, há mais moscas, todos dizem nunca ter visto nada assim.
Veja as fotos [créditos: Erea Perez]
“Saímos de casa e sacudimos logo a cabeça para as afastar”
A situação é desesperante. Sobretudo com a chegada da Primavera.
“Estamos a lidar contra isto e ninguém faz nada! Há moscas em todo o lado. A partir de março é horrível! Aumentam aos milhares”, contam.
Dizem já ter contactado a Câmara Municipal de Tomiño. Do outro lado, foi-lhes pedido que “recolhessem amostras das moscas para enviar à Universidade de Vigo para análise e assim poder combatê-las”.
Soluções até agora? Nenhuma.
Há quem aponte o dedo ao fertilizante… mas assim como este haverá outros palpites.
“Não é possível viver-se assim! Não podemos deixar nada fora do congelador ou do armário porque fica logo cheio de moscas. Saímos de casa e sacudimos logo a cabeça para as afastar”, prosseguem os moradores.
“Isto está a afetar-nos psicologicamente! Parece que são eles que moram aqui e nós é que somos os invasores”.
“Em poucos minutos o teto estava preto e as paredes também!”
Outra das experiências menos felizes foi vivida por Erea Perez. Tem um filho que na passada sexta-feira celebrou um ano de idade.
“Durante a festa colocamos na mesa vários bolos… batatas fritas… e as moscas começaram a chegar. Em poucos minutos o teto estava preto e as paredes também!”, descreveu.
O pesadelo, esse, continua sem solução à vista.
Em Cerveira está igual!