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Desporto

Súmula da jornada de 5/6 de Março

7 Março, 2016 - 09:05

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Lançámos mão da Liturgia quaresmal ligando-a ao desporto para dar nota que “nem só do clássico haveria de viver o fim-de-semana”, salientando bastante matéria desportiva para além desse confronto de Alvalade. Após esse desfecho e recorrendo, de novo, ao período quaresmal e mormente à aproximação da Semana Santa, não poderemos deixar de mencionar que “Jesus se encontra no caminho do Calvário”, penando também com os algozes vindos do outro lado da rua. É, de facto, um verdadeiro “calvário” que enfrenta o técnico (e não só) do Sporting, pois a evidência do título, em função da prestação dum bem que nem sempre dura, começa a ser miragem em face do que vem perdendo e outros recuperam. A crueldade dos números é irrefutável, pesem as “dimensões” que se pretendam dar ao adversário, e dessa extrai-se que o golo “grego” marcado e bem seguro em Alvalade catapultou o Benfica à liderança e agora Jesus tem que puxar das suas “sentenças” da semana passada e lembrar-se que “ a pressão está do lado daqueles que vêm atrás”, ou seja, do seu. “É a vida”, também ela no melhor das lides desportivas
Deixando o clássico e olhando cá entre nós, o fim-de-semana teve sabores de Taça, sem “tomba gigantes”, mas com alguns “brindes” e, inversamente, ingredientes amargos. Percorrendo os confrontos, ao excluir os ditos “tomba gigantes” ficamos de imediato a saber que apenas um secundário terá acesso aos “quartos”.
Exactamente o Fachense que triunfou diante do Távora, seu “parceiro” de campanha, com um golo solitário, suficiente para carimbar esse passaporte, pois quer Melgacense, quer Arcozelo, despediram-se, em casa de emblemas de escalão superior, sem grande resistência por qualquer deles e com desfechos mais ou menos normais, concluiremos, com três a um da Correlhã diante dos da terra de Inês Negra, e por quatro a zero do Cerveira perante o líder da divisão secundária.
O Desportivo de Monção foi o único a conquistar a passagem fora do seu território, batendo o Vila Fria por quatro a um, em jogo que se sentiu sempre à vontade e desde cedo. Ao contrário, quer o Valenciano, quer o Campos sofreram as maiores goleadas fora dos seus domínios, pois os do 1º de Janeiro, nitidamente em baixa de produção, apanharam a “manita” em Lanheses, reagindo apenas como seu golito de honra, enquanto o Valenciano se “enfadou” da vantagem de um golo em Vitorino de Piães e acabou vergado a dois quatros; quatro golos encaixados e quatro expulsões, sendo uma do “comandante-mor” e três atletas, ou seja, uma tarde à moda de Piães para não repetirem, de modo algum.
Maior equilíbrio, pelo menos pelo tempo necessário para decisão houve nos outros dois encontros. O Castelense, em casa, deixou para trás o Paçô, que até marcou primeiro e segurou o empate em termos de campeonato, mas como se tratava de Taça, o prolongamento possibilitou aos anfitriões a consumação de mais dois golos. Maior emoção ainda registou-se do dérbi do alto Lima, entre Arcos e Barca, pois nem cento e vinte minutos foram suficientes para marcar um golo que fosse e só a lotaria definiu a partida, com pendência para os anfitriões, que prosseguem na Taça, enquanto os vizinhos se lançarão a partir de agora na aquisição do título de campeão tão depressa quanto possível.
O acerto de calendário não deixou de ser amargo para o Moreira e parece ter remetido a equipa para o tempo real do jogo, momento em que costumava apresentar resultados como este em que encaixou uma “manita”, em Anais e ficou privado de mais dois atletas, por “mão” de João Costa” como se queixou o técnico canarinho. Já o Longos Vales antecipou o jogo diante do Cardielense e conseguiu uma igualdade em um golo, voltando a conseguir um ponto alguns meses depois.
Passando agora para os nacionais, por Portugal Prio e no que à manutenção respeita, tivemos uma jornada “sui generis” com os de baixo a vencer os da parte superior, genericamente. O trio do fundo venceu, mas o mais beneficiado foi o Vianense que, com vitória por um golo isolado diante do Camacha, permutou de posição e, pela vez primeira, saiu do fosso, agora entregue aos madeirenses. Já o Neves conseguiu a proeza de derrotar o líder Pedras Salgadas, por dois a um, embora tal não fosse suficiente para evitar a lanterna vermelha, pois também o Argozelo, outro emblema em local de despromoção, bateu o Limianos, por três a dois, mantendo-se no penúltimo lugar, também ele de queda. Falta assinalar o triunfo do Marítimo em plena terra quente de Mirandela, colocando-se em local por ora seguro, mas deixando os transmontanos à mercê dos concorrentes imediatos.
Já na série de promoções, o Fafe foi o protagonista da ronda com o triunfo em Bragança, ainda que num golo solitário, deixando já o adversário quatro lugares abaixo, pois é seguido por um trio de sete pontos: Vizela e Estarreja, que jogaram entre si, com vitória do anfitrião e junção nesta parceria extensiva ao Gondomar, também ele vitorioso diante do Vilaverdense, no triunfo mais dilatado, por dois a zero. E se no fundo se encontravam, por lá permaneceram Pedras Rubras e Anadia, após empate em um golo, com os bairradinos na lanterna vermelha, agora que averbaram o primeiro ponto.
Na II Liga, continua um pouco a teoria do “ora falho eu, ora te atrasas tu, ora empata ele” e assim nos vamos mantendo. O líder Porto B tropeçou em casa, não conseguindo senão um nulo diante do Olhanense; o Chaves não aproveitou e, uma vez mais, não atingiu a liderança porque, em sua casa, mais não conseguiu que empatar diante do Guimarães B; Famalicão seguiu as pisadas e ficou-se também pelo nulo, em Alcochete, diante do Sporting B, mantendo-se como trio inicial e nas mesmas posições. Pior, porém, conseguiu o Feirense ao ser vencido, em seu ambiente, pelo Atlético, em um a dois, sendo que o Freamunde também enveredou por empate em um golo, que lhe valeu, contudo, junção ao Portimonense, o mais desastrado da ronda ao sofrer cinco, em casa, apontados pelo Braga B e ainda encaixar-se nesta parceira dos cinquenta e três o Gil Vicente, esse, sim, sem deixar fugir hipótese de derrotar o Leixões, por dois a zero.
E a NOS vestiu tons de encarnado, com o triunfo do Benfica no clássico de Alvalade e vitória do Braga diante do Porto, da qual deverão ter sido extraídos dois pontos: afastamento do Porto do título e garantia dos arsenalistas pelo quarto lugar. A Matemática não aprova as conclusões deduzidas, mas a prática desportiva talvez não as despreze. Ora, assim sendo, Porto e Braga reencontrar-se-ão na luta por um troféu – Taça de Portugal; Benfica e Sporting, na luta pelo título nacional, no qual quer Porto, quer Braga, terão ainda uma palavra a dizer pelo confronto com esse par lisboeta interveniente na decisão titular.
A luta europeia continua de portas abertas ao sensacional Arouca, que parece ter sentenciado a queda do Tondela, “matando-lhe”, com o triunfo da ronda, as expectativas criadas na jornada anterior. É que para piorar o “cenário” da equipa beirã, a Académica triunfou diante do Guimarães, ganhando por dois zero e ultrapassando o Boavista, de novo no lugar de despromoção, já que saiu derrotado, no Bessa, pelo Nacional, agora bem mais aliviado. Nesta mole de triunfos forasteiros, também o Moreirense aproveitou a embalagem e por mais um a zero também ganhou em Setúbal, a um Vitória em queda livre, há muitas etapas.
Além do Rio Ave/Estoril, de encerramento da ronda, que poderá levar vila condenses a mais uma aproximação aos lugares europeus, restam dois empates madeirenses, com o União a consegui-lo em casa diante do Belenenses, em branco, e o Marítimo em Paços de Ferreira, na abertura da jornada, recuperando dois golos de desvantagem aos locais.
Na habitual pincelada de Hóquei em Patins, salienta-se mais uma vitória dificílima, tangencial e conseguida “in extremis” pelo Valença H C diante do Famalicense, mantendo-se o trio da dianteira, espaçado num ponto, já que Riba D’Ave e Espinho também obtiveram triunfos em Póvoa e Infante de Sagres, respectivamente, sendo que este último encontro parecia previamente “talhado” ao resultado.
O Basquetebol bem prometeu, mas não fugiu ao habitual, deixando quase todos os jogos do calendário lá mais para diante, tendo-se, ao contrário, jogado as Taças em Futsal, além da conclusão do Campeonato Distrital de Juniores Femininos, com o triunfo já antes segurado por Santa Luzia, que lhe valeu, pois terminou em derrota caseira, tendo-se apurado para as meias-finais, em Masculinos, Anha e Ponte da Barca, nos dois escalões de Juniores e Seniores, completando os primeiros Zona Fut e Refoios e os “maiores”, com Neiva e Lavradores. Já em Femininos, Vitorino de Piães, Ponte da Barca e Zona Fut seguem rumo aos “quartos” onde os esperam também as “trutas” Castanheira, Limianos e Soutelense. Já na taça de Portugal, o Sporting segue para disputa do troféu, tendo tido a partida mais complicada com triunfo magro diante do Braga, assegurando, facilmente, o apuramento o Benfica, entre outros, mormente o Porto Salvo no jogo com mais golos – dezassete e vitória à tangente.
O Futsal trouxe, como se previa, os dois primeiros campeões, em Benjamins – Perspectiva e Academia – além do Torre, em Infantis, prosseguindo com os restantes nos dois próximos fins-de-semana.
Este primeiro do mês de Março foi ainda marcado pelo arranque dos torneios extraordinários em Iniciados e Juvenis, na divisão secundária, tal como a respectiva fase final dos campeonatos, ficando ainda definidos os seis emblemas a disputar as promoções aos nacionais em ambos os escalões. Tão-somente em Juniores, o título continua por decidir até a próxima e última jornada.

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