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Desporto

Súmula da jornada de 12/13 de Outubro

14 Outubro, 2013 - 09:37

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Dizia ontem alguém, com algum desalento e frustração, que não surgiram lenços brancos no Manuel Lima pois poderiam ser confundidos com a procissão do adeus, em Fátima, vivida horas antes. É que não há maneira de pôr este Desportivo de Monção a ganhar, por mais voltas que sejam dadas. Poucos ou nenhuns se recordarão dum início de época tão frustrante, a merecer honras negativas de Guiness.

Dizia ontem alguém, com algum desalento e frustração, que não surgiram lenços brancos no Manuel Lima pois poderiam ser confundidos com a procissão do adeus, em Fátima, vivida horas antes. É que não há maneira de pôr este Desportivo de Monção a ganhar, por mais voltas que sejam dadas. Poucos ou nenhuns se recordarão dum início de época tão frustrante, a merecer honras negativas de Guiness.

Nem o regresso ao seu “lar” habitual trouxe felicidade aos monçanenses, que estiveram à beira de conseguir o primeiro pontinho, quase impondo o nulo ao novo Atlético dos Arcos, que mais parecia o “velhinho” Valdevez de acordo com a enorme falange de apoio, mas uma grande penalidade a cinco minutos do final do encontro e numa altura em que os forasteiros estavam em inferioridade numérica acabou por impor aos da terra de Deuladeu nova derrota e a conservação da lanterna vermelha. Decididamente, o Desportivo não conhece nem consegue outro resultado que não derrota, obrigando Avelino Chio a já não descortinar formas de alterar este estado de coisas. Mas que há que mudar de rumo, é indispensável e obrigatório.

Também na quarta ronda da prova o Melgacense não esteve bem, aliás, esteve mesmo mal, acabando goleado, em casa, pelo Piães que não contava com tantas facilidades, mormente no caricato duma grande penalidade a favor dos locais ter redundado em golo para os visitantes. Com dois golos em cada metade, os limianos apenas consentiram o ponto de honra dos da terra de Inês Negra e assim se vão mantendo em lugar bem alto no pedestal classificativo.

Valeram-nos, ao menos, as três equipas restantes do Vale do Minho que conseguiram três vitórias preciosas, embora as dos conjuntos cerveirenses pela margem mínima a denotar algumas dificuldades, mormente a da sede concelhia que, a jogar em casa, só na segunda parte conseguiu a remontada com dois golos frente ao Lanheses, que lhe permitiram superar a desvantagem da primeira metade, enquanto ao Campos aconteceu precisamente o inverso, já que conseguiu margem de dois golos ao intervalo, nas Lagoas de Bertiandos, equipa que na etapa complementar apenas foi capaz de apontar um. Por sua vez, o Courense, como se antevia, passou mais folgadamente em Moreira do Lima, graças sobretudo a uma primeira parte em que conseguiu distanciar-se em dois golos, consentindo apenas um empate a um na etapa complementar, o que em conjunto lhe garantiu os três pontos de modo tranquilo.

Jogo grande, cartaz da jornada, aconteceu no Alferes Pinto Ribeiro, um verdadeiro teste ao até então “inviolado” Correlhã, que, apesar de ter sofrido os dois primeiros golos na prova, conseguiu apontar outros tantos, impondo o terceiro empate consecutivo ao anfitrião Neves, um candidato assumido que apenas venceu na primeira jornada. O empate dos cornelianos nas Neves acaba por ser positivo, pois manteve-se na liderança, embora repartida com a parceria do Castelense e relegando a equipa de Vila de Punhe para um nono lugar pouco habitual. Já a equipa de Necas Lima saiu pela vez primeira do seu habitat, embora em curta viagem até Darque, onde sofreu para marcar mais um golo que o adversário nos cinco ali apontados e manter a invencibilidade.

Tarefa acessível teve também o conjunto barquense que triunfou de forma clara por três a zero em Vila Fria, podendo vir a ser um dos potenciais “colegas” do par da dianteira, se a tanto houver consentimento do Cerveira que se encontra nas mesmas condições, ou seja, mencione-se o jogo em atraso entre ambos, no Rafael Pedreira, que poderia traduzir, neste quadro, uma liderança a três. É caso para dizer que o campeonato está animado para vários crónicos conjuntos candidatos e em espera que nesse lote reentrem mais alguns, concretamente Neves, Melgacense e … a lanterna vermelha da prova.

Mais sinteticamente, comecemos a segunda divisão pelo dérbi do Vale benéfico para o Raianos que “passeou” por Castanheira, a seu belo prazer, enfiando quatro e dando-se mesmo ao luxo de desperdiçar grande penalidade, consentindo apenas o tento de honra da lanterna vermelha, lugar que, assim, continua reservado ao Castanheira. O Moreira falhou “in extremis” o assalto ao segundo lugar já que à entrada dos derradeiros minutos, em plena Tomada, consentiu uma penalidade que as Águias do Souto aproveitaram para empatar, pois os “canarinhos” só tinham conseguido a vantagem mínima. Mesmo assim, honra ao Moreira a efectuar uma época de boas prestações, apenas derrotado na ronda inaugural.
Na frente mantém-se o Perre, que, tal como se previa, “despachou” com relativo à vontade o vizinho Darquense, com quatro golos sem resposta, mantendo-se nas suas peugadas, além do Raianos, o Ancorense, mercê da vitória em dois a um na Arcela, frente ao Fachense, conjunto em prestações modestas, e ainda o Paçô que conseguiu o mesmo resultado em Caminha.
Em derrapagem continuou o Vila Franca que após o brilharete de “despedir” o Monção da Taça escorregou em Arcozelo, levando um tropeção que lhe valeu a queda ao sétimo lugar, a contrastar o momento actual desta equipa da terra das rosas com o início de época brilhante e fulgurante.
O Távora, em casa, voltou a marcar presença e a ganhar novamente, desta vez por dois a um, perante o Lanhelas, equipa desilusão até ao presente, enquanto se confirmou a nossa alta probabilidade de empate no Chafé/Gandra, o que se constatou por um golo em cada baliza.

Concluamos pelo nacional de seniores com aplauso ao Valenciano que, finalmente, conseguiu arrancar uma vitória na Cruz do Reguengo, apontando e defendendo, soberanamente, um golo frente ao Vilaverdense, o que já lhe possibilitou saltar da lanterna vermelha, lugar agora entregue ao Ninense, após nova derrota e bem pesada no Cruzeiro, diante do Limianos, em tarde de grande felicidade, não só pela sua vitória, mas ainda pelos empates em Bragança e na capital do distrito.
Com os três a um conseguidos perante a agora lanterna, o Limianos ascendeu ao segundo lugar, a um escasso ponto do Vianense que não foi capaz de desferrolhar a baliza de Santa Maria e ultrapassou o Fafe que, em Bragança, também não conseguiu marcar nem sofrer, mantendo-se estes dois encontros com os nulos até ao apito final.
Mais um empate na ronda aconteceu em Pedras Salgadas, este a dois golos, com o vizinho Mirandela, conjunto que conseguiu recuperar a desvantagem dos dois golos do Pedras, colocando alta voltagem para os próximos encontros, concluído que está o primeiro terço, numa prova curta e, por isso, muito mais emotiva.

E assim decorreu mais um fim-de-semana que, em termos desportivos, começou bem mal com o desaire da selecção de todos nós. Como “não vale a pena chorar sobre leite derramado”, sobre o clube de todos nós resta-nos a consolação, já esperada, do “playoff” e uma prestação consentânea na noite de amanhã para refazer um pouco o desânimo; quanto aos clubes de cada um, a continuidade dos bons momentos para uns e a esperança que melhores dias surjam para aqueles que vivem momentos menos prósperos.

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