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Caminha

Seixas vai ter um Arboreto Autóctone. População desafiada a participar no projeto-piloto

17 Janeiro, 2014 - 11:58

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Em conjunto com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal foi então formulado o projeto, que já se encontra em andamento. Assim, está a ser lançado um apelo à comunidade, para que com a sua ajuda seja possível plantar espécies autóctones, como por exemplo castanheiros, carvalhos ou azinheiras, naqueles terrenos que são da Junta de Freguesia.

O desafio é simples: plantar árvores e arbustos autóctones, na zona do Feital, em Seixas, para assim construir um Arboreto Autóctone.

O repto está já a ser lançado à comunidade para que, além de plantarem no espaço espécies originárias do território, adotem uma árvore e fiquem, assim, responsáveis pela sua manutenção. Este é um projeto-piloto no concelho, que conta com o apoio da Junta de Freguesia de Seixas e da Câmara Municipal de Caminha e que deverá mais tarde estender-se a outras freguesias.

A ideia surgiu depois da ação de formação “Conhecer a Floresta Autóctone” organizada pela Corema, Associação de Defesa do Património, em novembro do ano passado, explica Marco Portocarrero. Este habitante de Seixas, que reside precisamente junto à zona do Feital, pensou que seria boa ideia aproveitar o espaço para plantar árvores autóctones. Até então o espaço encontrava-se com entulho e espécies invasoras, como é o caso das acácias.

Em conjunto com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal foi então formulado o projeto, que já se encontra em andamento. Assim, está a ser lançado um apelo à comunidade, para que com a sua ajuda seja possível plantar espécies autóctones, como por exemplo castanheiros, carvalhos ou azinheiras, naqueles terrenos que são da Junta de Freguesia.

O projeto Arboreto de Seixas pretende aproximar as pessoas da floresta, através da educação ambiental, já que visa consciencializar não só para problemáticas como a erosão ou incêndios florestais, mas também fornecer conhecimentos de como prevenir estas situações, assim de como tratar as espécies ou perceber as características, necessidades e diferentes etapas de crescimento de cada uma. Trata-se, por isso, de um projeto que se quer sustentável, pela participação e ajuda das pessoas, de forma voluntária. “Não é preciso mobilizar muito dinheiro, para realizar um projeto rentável”, remata Marco Portocarrero.

Para a constituição do Arboreto já foi dado o primeiro passo. No final de dezembro, os funcionários da Câmara Municipal procederam à limpeza da área, retirando o entulho e cortando os eucaliptos e outras espécies invasoras que lá se encontravam e que constituíam problemas pela proximidade de zonas habitacionais. Acresciam ainda a erosão e a ameaça dos incêndios florestais.

Com o espaço limpo é possível proceder à plantação. As árvores serão cedidas por privados, mas as populações que queiram contribuir com as espécies também o podem fazer, desde que sejam autóctones. Depois, os interessados em participar na iniciativa podem inscrever-se na Junta de Freguesia, até meados do mês de fevereiro, respeitando assim a época de plantação das espécies.

Não haverá um dia específico para a plantação, pelo que a população pode fazê-lo quando quiser, desde que contacte a Junta ou a Câmara, para que esteja alguém a auxiliar no processo. Espera-se ainda que as pessoas adotem uma árvore ou arbusto, pelo qual ficam responsáveis e devem tratar e cuidar. Também as escolas deverão ter um importante papel na constituição do Arboreto através da sua participação.

Por agora, serão plantados 2 hectares, mas futuramente a área pode estender-se até aos 20 hectares. O projeto será ainda submetido à Quercus, que poderá vir a contribuir com a disponibilização de árvores e está a ser ponderada a candidatura a outros programas de arborização e rearborização com espécies autóctones, junto de entidades como o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

Com o crescimento das espécies, o Arboreto Autóctone de Seixas será um espaço para aproveitar turisticamente, até pelo valor paisagístico que apresenta, e do qual a comunidade poderá usufruir. Tendo em conta os resultados deste projeto-piloto, a ideia pode vir a estender-se a outras freguesias do concelho.

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