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Rio Minho: Caminha e A Guarda avançam com candidatura do Estuário a Paisagem Cultural da UNESCO

6 Novembro, 2015 - 13:57

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CAMINHA E A GUARDA AVANÇAM COM CANDIDATURA DO ESTUÁRIO DO RIO MINHO A PAISAGEM CULTURAL DA UNESCO

Os presidentes das câmaras de Caminha e A Guarda assinaram esta sexta-feira um memorando de entendimento com vista à candidatura do “Estuário do Minho Caminha – A Guarda” a Paisagem Cultural da UNESCO. Miguel Alves e António Lomba Baz acreditam que a riqueza histórica, cultural, paisagística, ambiental, económica, etnográfica e humana desta zona comum são condições suficientes para o sucesso do projeto que agora se inicia e que se tornou possível graças às excelentes relações entre A Guarda e Caminha e ao espírito de colaboração reforçado ao longo dos últimos dois anos. Na reunião de hoje de manhã em A Guarda, que juntou também vereadores dos dois executivos, foram tomadas outras decisões importantes relativamente ao ferry-boat que liga as duas margens do rio Minho.
O memorando de entendimento realça ainda a relação das gentes de Caminha e A Guarda com o rio Minho e com o seu estuário, vivência que constitui mais um ponto de união e que justifica a candidatura conjunta.
De resto, essa partilha não é de agora, antes tem caráter “ancestral”, acontecendo ao longo da vida dos dois povos “quer nos momentos históricos de paz e aproximação, quer nos momentos de conflito”.
A hipótese que agora se abre, de classificação do estuário como paisagem cultural da UNESCO, é considerada pelos dois presidentes como essencial para a valorização do património natural e cultural existente, preservação e divulgação junto da comunidade internacional.
O procedimento de candidatura do “Estuário do Minho Caminha – A Guarda” a Paisagem Cultural da UNESCO começa agora, comprometendo-se os dois municípios a criar uma equipa de trabalho comum que possa sobretudo recolher toda a informação documental sobre os recursos naturais, culturais e antropológicos existentes.
Miguel Alves já informou várias entidades desta decisão, nomeadamente o Governo, a CCDRN e a CIM, no sentido de que Caminha possa conseguir apoio financeiro para este projeto.
A redação da candidatura vai ser entregue a dois especialistas: Jordi Tresserras, que esta sexta-feira esteve também na Câmara de A Guarda e explicou os pormenores do processo, e César Abella. Importa salientar que Jordi Tresserras, da Universidade de Barcelona, é coordenador do LABPATC – Laboratório de Património e Turismo Cultural da mesma universidade, onde são realizados trabalhos de investigação, consultadoria e apoio técnico, formação e desenvolvimento de projetos no âmbito de candidaturas a Património Mundial da UNESCO.
Refira-se ainda que a Universidade de Barcelona integra o grupo restrito de cinco universidades, a nível mundial, que têm convénio com o Centro de Património Mundial da UNESCO. As outras universidades são: Brandemburgo – Cottbus (Alemanha), Dublin (Irlanda), Turim (Itália) e Tsukuba (Japão). Presentemente, 1031 sítios e lugares detêm o estatuto de “Património Mundial”, dos quais 802 são de caráter cultural, 197 naturais e 32 mistos. Porém, só existem quatro paisagens cultuais com caráter transfronteiriço nestes números, relativos às fronteiras entre Espanha e França; Áustria e Hungria; Alemanha e Polónia e Rússia e Lituânia.
Miguel Alves adiantou que, até ao final deste ano, será estabelecido um calendário comum de atividades com o propósito de envolver as pessoas, porque, apesar dos enormes benefícios, “nada disto faz sentido se for uma candidatura de gabinetes e de especialistas, se as populações não forem envolvidas no processo e se este não for amplamente participado”.

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