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Viana do Castelo

Rio Lima recebe projeto-piloto de “engenharia natural” para travar erosão

7 Março, 2012 - 10:35

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O troço do rio Lima entre Viana do Castelo e Ponte de Lima deverá receber, até 2015, cerca de 30 intervenções de “engenharia natural” para travar a erosão das margens sem recorrer aos métodos “clássicos”.

O troço do rio Lima entre Viana do Castelo e Ponte de Lima deverá receber, até 2015, cerca de 30 intervenções de “engenharia natural” para travar a erosão das margens sem recorrer aos métodos “clássicos”.

“Este tipo de requalificação procura defender, sem mostrar muito que existe uma obra estruturante de defesa. É essa ‘engenharia natural’ que estes projetos-piloto permitem implementar, face às intervenções mais típicas e clássicas”, afirmou o presidente da Administração da Região Regional Hidrográfica do Norte (ARHN).

Segundo António Guerreiro de Brito, em Viana do Castelo começará a ser feita uma nova abordagem à recuperação das margens, fora da “típica” operação com “obras pesadas” em que “claramente se vê que houve uma intervenção humana” no local.

“Não há muitas intervenções destas, é uma disciplina relativamente recente. Corresponde a uma noção que todos nós começamos a ter, de que intervenções de defesa devem ser bem maquilhadas para que possam, quase, não se perceber”, sublinhou o responsável.

As primeiras intervenções deste género, no rio Lima, arrancam já nos próximos dias em dois pontos diferentes do concelho de Viana do Castelo e vão custar cerca de 300 mil euros, envolvendo a Câmara local e a ARHN.

Estas duas intervenções, alvo de candidaturas a fundos comunitários, nasceram de um estudo a cargo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e foram hoje apresentadas publicamente (UTAD).

“Intervenções nos rios são sempre de uma grande delicadeza, porque se tratam de espaços naturais classificados e, por isso, o município pediu a colaboração à UTAD neste processo de controlo da erosão e no desenvolvimento dos projetos”, explicou o autarca José Maria Costa.

Na freguesia de Cardielos será feita a consolidação de 900 metros das margens do rio Lima, com um conjunto de esporões e defletores, além da colocação de enrocamento e o enchimento com inertes e camada de terra vegetal.

Esta obra arrancará dentro de um mês e prolongar-se-á durante sessenta dias, integrando ainda a “desmatação e decapagem de terra vegetal”, bem como a requalificação ambiental e trabalhos de hidráulica fluvial.

Na quarta-feira arrancam os trabalhos na praia das Salinas, em Santa Marta de Portuzelo, ao longo de cem metros de extensão e que implicam a colocação de uma camada de enrocamento na zona mais próxima do estuário, a instalação de uma manta de geocélulas (polietileno de alta densidade) e a plantação de caducifólias nas margens.

Segundo a ARHN, ainda em 2012 deverá avançar uma intervenção idêntica na zona de Lanheses, mas para os próximos três anos o número de pontos a recuperar ascende a mais de 30 no troço do rio Lima até Ponte de Lima.

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