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Desporto

Resumo do fim-de-semana desportivo de 13 e 14 de Outubro

15 Outubro, 2012 - 10:49

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Começamos a nossa referência pelo dérbi mais conceituado da presente época, a culminar uma semana negra para as hostes monçanenses, com a pesada derrota por quatro a um frente ao vizinho melgacense.

Começamos a nossa referência pelo dérbi mais conceituado da presente época, a culminar uma semana negra para as hostes monçanenses, com a pesada derrota por quatro a um frente ao vizinho melgacense. É caso para dizer que nem sempre a psicologia do chicote funciona e a prova cabal e evidente esteve ontem no Manuel Lima, onde o Desportivo de Monção averbou a quarta derrota consecutiva no campeonato (a quinta em provas oficiais) e esta por números que deixam traduzir algumas facilidades por parte do adversário. Dispensados os serviços da equipa técnica sem que fosse reposta a situação, os monçanenses não tiveram timoneiro nem sagacidade capaz de travar as arremetidas dos homens da terra de Inês Negra que venceram, em toda a linha, os defensores de Deuladeu. Um resultado volumoso por quatro a um, com vitória do Melgacense, que lhe alimenta e fortalece esperanças, colocando, ao contrário, a nu imensas fragilidades do Desportivo, que se vê agora em situação nada confortável e já em dificuldades de recuperação. Adivinha-se tarefa muito difícil para o novo técnico, em todos os aspectos.
Ao Melgacense triunfador no dérbi, podemos juntar-lhe também as razoáveis prestações das outras equipas distritais, com a vitória do Vianense, embora pela margem mínima, em seus domínios, frente a Santa Maria, que não sabe ganhar na presente época e é “companheiro de desgraça” dos monçanenses, com quem partilha os lugares de vice lanterna vermelha e ainda ao precioso ponto conseguido pelos barquenses em terras de Merelim, onde seguraram o nulo durante os noventa minutos do encontro.
A jornada trouxe ainda outro nulo, nas Taipas, com o surpreendente Ronfe a ceder os primeiros pontos, mas a manter o lugar mais alto do pódio, agora seguido pelo candidato Bragança que, tal como antevíramos, nem teve grandes dificuldades em aplicar chapa três à lanterna encarnada Esposende. Finalmente um empate entre os dois grandes goleadores da ronda anterior, Maria da Fonte e Marinhas, também concretizadores neste encontro com quatro golos apontados, num par para cada um.
Pois bem, as posições começam a definir-se e o perigo de desligar da carruagem da frente começa a preocupar alguns, mormente os monçanenses. Vem aí uma pausa para retemperar e depois dela… ou mudamos de rumo … ou iniciamos a derrapagem decisiva.

Falemos agora da Honra e citemos o provérbio “mais vale ser rei um dia que príncipe toda a vida”, para o aplicar aos surpreendentes Moreira de Lima e Vila Fria, o par da liderança da competição, únicos totalmente vitoriosos, após triunfos em Távora e Bertiandos, respectivamente. Uma primeira parte de luxo dos limianos, com três golos sem resposta no Monte Aval, foram suficientes para averbar os três pontos, pois na segunda metade apenas foram batidos por uma grande penalidade, ao contrário dos vilafrigidenses que, esses sim, alcançaram a vitória na segunda metade, conseguindo desfazer a igualdade a um golo com que transitaram do intervalo.
Este par da dianteira ficou privado da companhia do Valenciano, por culpa da derrota imposta pelos homens de Castelo de Neiva, numa demonstração que não há duas tardes ou dois jogos iguais. Necas Lima prometeu que as facilidades frente ao Cerveira se não repetiriam e ontem o Valenciano acabou por sofrer as consequências, encaixando um golo e não conseguindo sequer chegar à igualdade.
Ao invés, palmas para os outros três representantes Vale do Minho. Courense e Campos ganharam extra-muros, com os primeiros a estragar a festa de inauguração dos melhoramentos do complexo desportivo em Paçô, muito por culpa de dois golos de Lipinho nos primeiros quarenta e cinco minutos, e a uma grande penalidade falhadas pelos anfitriões, enquanto os do 1º de Janeiro deram a volta a uma entrada deficiente e a um golo encaixado bem cedo na sequência de grande penalidade, respondendo, porém, com três “tiros” certeiros e outros tantos pontos metidos no bornal.
No Rafael Pedreira, o empate entre Cerveira e Neves, dois crónicos candidatos, esteve eminente e chegou mesmo a pairar como final, mas como os jogos só terminam ao apito final, os da vila das artes acabaram por concretizar a vitória uns segundos antes desse apito e averbar três pontos, importantes pelo valor do adversário e pela retirada do mesmo, por enquanto, dos lugares de topo.
Finalmente, um empate entre dois vizinhos e rivais limienses, com um golo para os vitorinos de Piães que no seu campo receberam os vizinhos cornelianos, autores de outro tento.
E assim vai animada a Honra, em todo o caso com os nossos quatro magníficos bem posicionados num segundo grupo, precisamente com seis pontos, tendo todos conhecido já o sabor duma derrota. Mas esta “procissão” ainda vai no adro…

Pela divisão distrital secundária, realce ao Castanheira que, a par do Darquense, assume a liderança da prova quando a selecção começa a ser mais apertada. Vencendo, apenas pela margem mínima, com um único golo marcado, em sinal de réplica forte dos gandrarenses, os courenses têm agora por companheiro único o Darquense que ontem, também pelo mesmo resultado de um a zero, obrigou o novato Atlético dos Arcos à primeira escorregadela e a denotar que este campeonato vai ser mais competitivo que o esperado. Do poleiro teve grande queda o Lanhelas, só parando a meio da tabela, depois de o melhor guarda-redes da prova (versão do técnico) ter sido batido por quatro vezes, na deslocação ao Olival, em Perre, onde mora uma equipa que quer “vingar” o falhanço da subida da época passada.
Os monçanenses do Raianos ficaram ontem de fora, aproveitando para apadrinhar a época do Longos Vales, enquanto o Moreira não deitou mão do provérbio “há terceira é de vez”, antes se lhe aplicou o oposto que “não há duas sem três” e acabou derrotado no terceiro jogo consecutivo, em tantos quantos os disputados, cabendo-lhe, assim, por direito, o epíteto de “lanterna vermelha” e a única equipa que ainda não marcou qualquer golo. Apesar de ter efectuado boa segunda parte, o golo único do Fachense apontado em início de jogo não conseguiu ser contrariado e a “moral” dos canarinhos está em baixa, em vésperas do dérbi monçanense.
Nos três encontros restantes, duas vitórias caseiras de Ancorense sobre Águias do Souto e do Vitorino Donas sobre o Chafé, sendo esta a equipa desilusão da prova sem ter conseguido um único ponto, ficando a última referência para a outra vitória fora de casa por parte do Caminha no campo do Arcozelo.

E, com habitual, uma referência ao clube distrital mais representativo pelos nacionais – Limianos – que ontem apesar de não ter conseguido melhor que um nulo no seu terreno, convém não esquecer que o obteve perante um Boavista carregado de craques e de tradição, numa igualdade que o vai segurando no “top five” e uma das poucas equipas que ainda não conheceu o travo amargo da derrota.

Sem as emoções dos grandes, que sempre provocam maiores e acesas discussões, ficamo-nos pelo futebol “caseiro”, sem contudo termos saído defraudados, embora este sentimento, tão cedo, já se possa ter apoderado de alguns. Em contrapartida, o entusiasmo redobra para outros. É destes contrastes com que vamos alimentando, semana a semana, as ânsias desportivas. Então daqui a dias em mais uma etapa.

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