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Desporto

Rescaldo do dim-de-semana desportivo de 16 a 18 de Março

19 Março, 2012 - 11:35

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Habituados a maiores emoções, alternâncias de marcadores e a mais expectativas, também pela maior apetência quando se luta por pontos, o mais recente fim-de-semana deu-nos a sensação de alguma pacatez, monotonia, mais acalmia e até menos entusiasmo.

Habituados a maiores emoções, alternâncias de marcadores e a mais expectativas, também pela maior apetência quando se luta por pontos, o mais recente fim-de-semana deu-nos a sensação de alguma pacatez, monotonia, mais acalmia e até menos entusiasmo.
De facto, as incidências maiores estavam concentradas para a Taça, mas esta esteve longe de provocar grandes sensações, salvo a excepção entre a rivalidade dos vizinhos Neves e Vila Fria, único confronto onde houve “taça”.
À partida, até o sorteio pareceu condenado ao marasmo, ao colocar, teoricamente, os mais fortes a jogar em casa, recebendo os menos poderosos, deixando antever um cenário que acabou por se consumar. Os oito anfitriões eram todos da Divisão de Honra e todos acabaram, pesem as maiores ou menores dificuldades, por se apurar para os quartos.

Entre os “nossos”, além de não se registarem surpresas, nem sequer chegou a haver suspense, já que quer o Valenciano quer o Desportivo de Monção começaram os encontros praticamente a ganhar e foram dilatando o resultado com toda a naturalidade, sem que em momento algum se perspectivasse a sombra de algum “fantasma”. Desportivo e Valenciano nem precisaram de se esforçar em demasia, mais parecendo disputar os encontros em ritmo de treino dominical.
O Moreira também não resistiu ao maior ímpeto do líder da Divisão de Honra e averbou pesada derrota de oito golos, embora marcasse o seu ponto de honra, numa clara demonstração que os seus objectivos não passam por esta competição.

Mais equilibrados acabaram por se tornar os restantes confrontos da eliminatória, mormente entre clubes do mesmo escalão, onde a vantagem mínima ditou a diferença, tais como as vitórias do Ancorense perante o Moreira do Lima, por dois a um, ou do Darquense sobre o Lanheses, por três a dois, embora com necessidade de recurso a tempo extra no campo das Oliveiras.
O Correlhã acabou também por eliminar os vizinhos da Facha, do escalão inferior, embora o golo único deixe antever equilíbrio na contenda, tal como o Castelense relativamente ao Paçô, numa partida onde a superioridade dos visitados foi notória, mas os arcuenses deram boa réplica.
Mas não se pense que foi tudo dentro desta normalidade e monotonia, já que houve mesmo taça no Alferes Pinto Ribeiro. Esse era o jogo onde havia todos os ingredientes apropriados a haver taça. Dum lado, estava o vencedor da edição passada, em luta ainda pelo campeonato; do outro, o vizinho mais próximo e rival de longa data. E o duelo não desiludiu, onde o resultado esteve inconstante até ao apito final de Carlos Rodrigues, que, depois de ter apontado duas grandes penalidades em favor da “casa”, encontrou espaço para assinalar outra para os visitantes, quando decorriam os segundos finais dos cinco minutos de compensação. Arranjou mesmo trabalho suplementar para mais trinta minutos, findos os quais foi necessário voltar a marcar penalidades para ditar o vencedor, que acabaria por ser o “papa taças”, depois de quase duas horas e meia.
Enfim, um jogo a marcar diferença na monotonia que havia de levar os oito visitados ao apuramento, todos do principal escalão: A Desportivo e Valenciano, juntam-se Ponte da Barca, Neves, Ancorense, Correlhã, Darquense e Castelense, que, em pares, se encontrarão na tarde de Sexta-feira Santa.

Tirando a Taça, cá pela zona, apenas alguns “acertos”, com destaque no duelo entre Raianos e Castanheira, para o Torneio, que se empataram e o nulo entre eles serviu para amenizar a goleada do Moreira que, assim, conseguiu manter a liderança da série.
Também o Estrela, depois de ameaçar abandonar a prova, lá prosseguiu na competição, depois de ter sido aceite a sua providência cautelar, ou seja, ter sido aberto inquérito ao encontro de Calheiros onde se sentiram “enxovalhados com contornos de gozo”, e conseguiu um ponto em resultado do empate a dois golos perante o Cabaços.

Em suma, estivemos num fim-de-semana algo apático, menos emocionante, para o que também contribuiu o facto das águias e dragões terem jogado à Sexta-feira e nenhum deles ter provocado motivos para desenfrear ânimos ou entusiasmos versus frustrações, a que se aliou ainda o arraial dos minhotos de Braga, na Feira. Mas duma coisa poderemos ter a certeza, perante este triunvirato: poderá não ser no próximo fim-de-semana, mas que no seguinte vai mexer, lá isso vai.

E mesmo que no final da semana que ora começa, no qual há um “morno” clássico, Benfica – Porto, a competição maior não traga ainda essas “mexidas”, a animação vai voltar com o regresso dos “nossos” campeonatos e o arranque da segunda fase do Nacional. Todos eles, a partir de agora, a doer… e a doer a sério.

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