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Caminha

Procura de ouro no rio não passou da intenção

29 Novembro, 2010 - 10:17

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Há três anos, uma empresa espanhola surpreendia os dois lados da fronteira com um pedido com vista à prospecção de minério de ouro no leito do rio Minho, entre Valença e a foz, em Caminha. Três anos volvidos e após apresentação de estudo "pouco fundamentado", a intenção é abandonada.

Há três anos, uma empresa espanhola surpreendia os dois lados da fronteira com um pedido com vista à prospecção de minério de ouro no leito do rio Minho, entre Valença e a foz, em Caminha. Três anos volvidos e após apresentação de estudo "pouco fundamentado", a intenção é abandonada.

Um processo que parou. É assim que o comandante da Capitania do Porto de Caminha, Mamede Alves, se refere à proposta há anos formulada por grupo económico espanhol, ligado à construção civil e com sede na província galega de Pontevedra.

Em encontro então realizado na Capitania de Caminha e participado por autoridades do país vizinho, os responsáveis pela empresa davam a conhecer a intenção de proceder à prospecção de ouro (bem como de outros minérios) no leito do rio. Segundo Mamede Alves, apresentado, na altura, pela empresa foi uma autorização emitida pela Junta da Galiza.

"Todavia, um procedimento como esse, num rio internacional, carece do aval dos dois países, o que nunca chegou a ser apresentado. Para nós, trata-se de processo que se encontra a aguardar desenvolvimento. Mas, desde então que nenhum outro elemento foi acrescentado, pelo que está tudo parado", refere Mamede Alves.

Dirigente da associação ambientalista COREMA, de Caminha, José Gualdino observa, a propósito, que o plano de gestão do rio Minho "não faz qualquer alusão" à prospecção de minérios, asseverando que os interesses da empresa e os da conservação do rio "não se coadunam. De todo".

Sobre a questão, o governador civil de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, revelou que a proposta do grupo galego "era pouco fundamentada, não podendo, de todo, ser autorizada", acrescentando que, além disso, "carecia do aval das autoridades portuguesas", que nunca viria a ser emitida.

"A extracção de centenas de toneladas de inertes, como estava prevista, teria, também, impactos ambientais consideráveis", acrescentou Pita Guerreiro.

FONTE: JN

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