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Arcos de Valdevez

Praia fluvial como de má qualidade é “desadequada da realidade” – autarquia

8 Junho, 2012 - 15:30

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A Câmara de Arcos de Valdevez garantiu hoje que a classificação como de qualidade “má”, atribuída pela Quercus a uma praia fluvial do concelho, é “injusta e desadequada da realidade”.

A Câmara de Arcos de Valdevez garantiu hoje que a classificação como de qualidade “má”, atribuída pela Quercus a uma praia fluvial do concelho, é “injusta e desadequada da realidade”.

“Acreditamos que existem erros na recolha das amostras da Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH-N) ou contaminação das mesmas após recolha na base dos resultados que foram publicitados”, lê-se no comunicado enviado pela autarquia.

O presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo, tinha já anunciado à Lusa a realização de análises à água do rio Vez, classificada numa zona de prática balnear, pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, como de “má” qualidade, com base em amostras de água recolhidas pela ARH-N, dizendo ser um resultado “muito estranho”.

Os serviços da autarquia procederem entretanto à análise da água na praia do Pontilhão da Valeta para apurar a situação, tendo mesmo percorrido aquele rio à procura de focos de poluição, mas não encontram qualquer ponto de preocupação.

No comunicado emitido hoje, a Câmara garante a “ausência de focos de poluição”, com exceção da lavagem de cinzas de uma área ardida com carga fecal, “confirmada pelos resultados da bateria de amostras efetuadas ao longo do rio”, mas que “de forma alguma” podem justificar os níveis apresentados.

Aponta ainda a “coincidência das avaliações realizadas pela autarquia e pela Administração Regional de Saúde do Norte, que “não confirmaram os valores apresentados” pela ARH-Norte.

“É um rio despoluído, até porque se desconhecem pontos críticos onde possam ocorrer, mesmo que pontualmente, focos de poluição. Não existem infraestruturas de saneamento como estações de tratamento ou estações elevatórias, nem tão pouco atividades industriais ou comerciais, que possam ser considerados potencialmente poluidores”, sublinha o município.

Por isso mesmo, acrescenta, “permite-nos com alguma segurança afirmar que a classificação agora referida no relatório da Quercus não é coincidente com a realidade e é, por isso, injusta e desadequada da realidade”, assumindo diferenças entre as primeiras observações dos níveis da ARH-N.

“Coincidência ou não, após se constatar a tremenda disparidade entre os valores publicitados pela ARH-Norte e os detetados pelas análises das amostras efetuadas pela Autarquia e Administração Regional de Saúde do Norte, os resultados das análises da ARH-Norte passaram para níveis significativamente mais baixos e dentro dos limites legais para águas balneares”, critica ainda o comunicado.

Motivos suficientes para que autarquia garantir a “tranquilidade” dos utilizadores desta praia fluvial “quanto à boa qualidade da sua água”, afirmando que estará “mais atenta em 2012 no acompanhamento de todas as recolhas efetuadas pelas autoridades competentes, realizando nos mesmos dias e com recolhas nos mesmos locais, análises para comparação de resultados”.

“De resto continuará a desenvolver campanhas de fiscalização e deteção de ligações ilegais ou descargas pontuais que possam, mesmo que pontualmente, fazer diminuir a excelente qualidade da água que sabemos ter ao longo do rio Vez”, remata o comunicado.

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