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Portagens: Conselho Sindical transfronteiriço defende zona isenta para preservar 86.000 empregos em Portugal

12 Março, 2012 - 08:22

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O Conselho Sindical Inter-Regional da Galiza e Norte de Portugal defendeu a criação de uma zona livre de portagens, junto à fronteira, para preservar mais de 86.000 postos de trabalho.

O Conselho Sindical Inter-Regional da Galiza e Norte de Portugal defendeu a criação de uma zona livre de portagens, junto à fronteira, para preservar mais de 86.000 postos de trabalho.

“Estamos a falar de 115 empresas dos vales do Ave e do Sousa, do calçado ao vestuário, que dependem das encomendas da Galiza e que viram os seus custos de produção agravados com as portagens nas SCUT”, explicou à Lusa o presidente daquele conselho, após reunião realizada em Santiago de Compostela.

Segundo Adão Mendes, “podem estar em causa” cerca de 86.000 postos de trabalho “apenas” naquela áreas de produção, sobretudo as que representam encomendas do grupo galego Inditex.

“Muitas destas confeções funcionam cêntimo a cêntimo e passaram a ter de incorporar centenas de euros com portagens, nas encomendas que enviam para a Galiza, por vezes quatro camiões num só dia. Para preservarmos empresas e postos de trabalho apelamos à criação de uma zona livre de portagens”, explicou o sindicalista português, líder deste Conselho Sindical Inter-Regional.

A proposta, a enviar aos governos dos dois países, passa pela criação de uma zona sem portagens num raio de 100 quilómetros à volta da fronteira, para “não prejudicar a atividade económica”.

O sindicalista assume que muitas destas fábricas aprestam “várias debilidades”, por funcionarem “no fio da navalha”, em termos de sobrevivência económica, daí a “urgência” desta medida, aprovada na reunião de hoje.

O encontro, que voltou a não contar representantes do Governo português – como sucede há cerca de um ano -, e ao contrário do Executivo da Galiza, defendeu a adoção de outras ações, como o “combate ao trabalho clandestino”.

“Colocando as inspeções de trabalho a atuar nos dois lados da fronteira, partilhando informação e recursos”, acrescentou Adão Mendes.

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