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Paredes de Coura

Paredes de Coura: Presidente da Câmara lamenta ausência do PSD na altura dos incêndios

1 Outubro, 2016 - 01:30

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Assembleia Municipal aprovou moção de louvor aos Bombeiros Voluntários. PSD quer financiamento mais adequado à Associação Humanitária.

A Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou esta sexta-feira uma moção de louvor aos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura. O documento veio da bancada do PS e foi apresentado pela deputada Rosalina Martins. “Os incêndios voltaram este verão a deflagrar às centenas em várias partes do país. Num cenário que se repete de forma trágica em muitas localidades, e Paredes de Coura não foi exceção. As corporações de bombeiros e equipas de sapadores florestais de todo o país, incluindo as de Viana do Castelo e em particular a de Paredes de Coura acorreram a auxiliar as pessoas em perigo mas nem por isso conseguiram evitar a perda de bens e a destruição de património florestal”, leu a deputada. “O esforço destas mulheres e homens é heróico pela sua coragem e altruísmo, sabendo o risco em que colocam as suas vidas. (…) A corporação de Bombeiros de Paredes de Coura, jovem e dinâmica, mostrou desde a presidência ao comando, sem descurar o corpo ativo de bombeiros (…) estar à altura de todas as responsabilidades, respondendo com prontidão e eficácia a todas as situações que surgiram. (…) A Assembleia Municipal de Paredes de Coura expressa a todos o seu louvor e agradecimento”, finalizou Rosalina Martins.
A moção foi aprovada por unanimidade. No entanto, antes da votação, o PSD aproveitou para deixar alguns ‘recados’ à autarquia sobre a matéria em cima da mesa. “Gostaria que esta moção fosse oportunidade para que a Câmara Municipal, de uma vez por todas, gerasse os meios suficientes para que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários não precisasse do populismo exacerbado que foi – em pleno agosto – em dizer que não deitamos o fogo-de-artifício para dar o dinheiro aos bombeiros”, atirou o deputado José Augusto Caldas. “Não é numa situação destas que se resolvem os problemas de financiamento da Associação Humanitária dos Bombeiros! Não basta! É preciso dinheiro!”, exclamou. “É preciso, de uma vez por todas, financiar adequadamente a nossa Associação Humanitária. Sabemos das suas dificuldades de sustentabilidade”, recordou o deputado ‘laranja’.
Na resposta a José Augusto Caldas, o presidente da Câmara começou por disparar uma questão. “Num contexto onde tantas pessoas estavam a lutar, fazia sentido festejar com fogo enquanto outros andavam a apagar fogo?”, perguntou Vítor Paulo Pereira. De seguida, o edil socialista deixou a promessa de que, “por uma questão de transparência política, vamos trazer na próxima Assembleia Municipal todos os apoios [aos bombeiros]”. “Desconfio que nunca em tão pouco tempo se ajudou tanto os bombeiros!”, continuou o autarca courense. Sem palavras brandas, Vítor Paulo Pereira lamentou a ausência do deputado do PSD durante os incêndios do concelho. “Vi muitas pessoas a lutar! E às vezes a única forma de dar ânimo às pessoas é estar com elas. Não vi lá o Dr. José Augusto. Também podia estar lá, a perguntar o que era preciso, buscar comida aos restaurantes”, disse o presidente da Câmara. “Não sei onde estava [para José Augusto Caldas]. Porventura teria mais coisas úteis a fazer e eu também não tenho nada que me intrometer na sua vida privada”. E foi então que Vítor Paulo Pereira concluiu com um aviso ao deputado do PSD. “As pessoas de Coura, nisto, são ‘doutoradas’. Sabem diferenciar aquilo que é genuíno e sincero daquilo que é demagogia e propaganda política”.
A discussão fechou com nova proposta, desta vez vinda do próprio presidente da Assembleia Municipal, José Augusto Pacheco. Todos os presentes doariam o valor da senha de presença aos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura “sem qualquer populismo”, disse José Augusto Pacheco com humor e ironia à mistura. A proposta foi aprovada por unanimidade.
De referir que a Assembleia Municipal de Paredes de Coura aprovou ainda, esta sexta-feira, as taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), para o ano de 2017, em 0,3% para os prédios urbanos já avaliados, e 0,7 % para os prédios urbanos, nos termos do Código do Imposto Municipal Sobre Imóveis.

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