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Paredes de Coura

Paredes de Coura: JS eleva a vila a ‘capital socialista de Viana do Castelo’

23 Abril, 2016 - 22:36

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Em dia de tomada de posse dos órgãos eleitos, JS contou com a presença da ‘fina flor’ do partido. Ministro da Educação esteve entre os presentes.

Nem certamente os próprios jovens socialistas courenses contavam. Mas a frase do presidente da Federação Distrital do PS Alto Minho foi como um ‘doce’ para todos eles. “Hoje, Paredes de Coura é a capital socialista de Viana do Castelo”, disse Miguel Alves este sábado, durante a cerimónia de tomada de posse dos órgãos eleitos da Juventude Socialista (JS) courense. Uma sessão realizada num auditório repleto de militantes, acompanhados pelas mais altas figuras do PS ao nível local, distrital e nacional. Entre elas, o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
“Vim a Paredes de Coura na quinta-feira como Ministro e hoje venho como cidadão empenhado de corpo e alma no processo político. A política é um instrumento para mudar ou que precisa de ser mudado para melhor”, esclareceu desde logo o Governante. Porém, o cargo que ocupa tornou-se incontornável no sentido de passar a mensagem aos jovens. “Queria dizer-vos que não sou Ministro. Neste momento ‘estou’ Ministro, com muita honra e ainda mais responsabilidade. Palavra esta ‘ministro’ a que muitos, nem sempre com a melhor das intenções, acrescentam logo ‘jovem ministro’. Como se fosse uma maldição, isto de ser jovem”, disse. “Lamento desiludir quem assim pensa. Nem participar na vida pública é um defeito, nem ser jovem é um prejuízo”. Com palavras incisivas, Tiago Brandão Rodrigues lamentou “ser menos jovem” do que já foi. “Mas não tenho pressa nenhuma em despedir-me dessa juventude com que tanto me qualificam. Lamento não ter a experiência política que poderia ter se tivesse começado com a vossa idade. E também neste campo não tenho nenhuma pressa, pois sei bem que não vou a tempo de vos apanhar. Ao contrário de vocês, que têm todo o tempo para apanhar-me”.

“A maledicência é filha da preguiça”

Na ronda de discursos, um dos mais pedagógicos da tarde foi o do presidente da Câmara. Puxando da vocação para o ensino, Vítor Paulo Pereira optou por deixar recomendações à nova JS. “Não esperem agora que a malta mais velha [do partido] vá sair da frente para dizer-vos «Faz favor!»”, encenou o autarca num gesto de quem cede passagem. “Não pensem que no partido a renovação se faz de uma forma simples e rápida. Até os mais velhos que reclamam por renovação, quando ela surge nunca começa neles”. O autarca aconselhou os jovens a esperar pela vez de cada um, a ter ambições “sem atropelar ninguém e sem estratégias maquiavélicas”. Centrado no valor do trabalho, Vítor Paulo Pereira lembrou ainda que “as pessoas que dizem mal são preguiçosas. Muitas vezes não querem refletir nem participar. Por isso é que a maledicência é filha da preguiça”.
Já o presidente da Federação Distrital do PS Alto Minho recordou um dos verbos que mais marcou as propostas que apresentou aos militantes quando decidiu candidatar-se ao cargo. “Quero saudar esta energia socialista para podermos renovar o partido, mas sobretudo para o podermos manter vivo e ágil perante as circunstâncias. Quando vejo que o PS se renova e aparece aqui a Juventude Socialista a dar cartas e a dar rosto fico naturalmente satisfeito enquanto responsável máximo pelo PS”, disse Miguel Alves. “Satisfeito porque vejo que temos gente que quer agregar ao PS mais energia. Assim, compreendo melhor que podemos juntos traçar um caminho distinto”. Dirigido aos jovens, o líder da distrital sublinhou que “este caminho que agora começa é um caminho que está nas mãos e na responsabilidade de cada um de vós. Estar na política é ter ideias. É querer ir mais longe. É querer resolver os problemas da própria rua, da freguesia e do país. Aquilo que se pede à JS Paredes de Coura é não só que pense questões mais locais mas também questões nacionais, sobretudo as ligadas à educação, à juventude, questões laborais e criação de emprego porque é o vosso futuro”.

“Depende de vós parte do futuro político do PS”

O coordenador da concelhia do PS usou também da palavra. Visivelmente emocionado, Armando Araújo mostrou-se muito satisfeito com a constituição da JS no concelho. O líder da concelhia foi, recorde-se, um dos principais impulsionadores deste projeto. “Esta JS é importante para o desenvolvimento do PS no concelho. É convosco que o PS vai crescer mais e é convosco que o PS conta para os grandes desafios que se aproximam. É importante que vocês estejam motivados. Depende de vós parte do futuro político do PS em Paredes de Coura”, disse Armando Araújo que realçou ainda o facto de que na nova estrutura juvenil estão representadas todas as freguesias do concelho. “Eu sei que sou chato. Tive três ou quatro reuniões convosco e sei que vocês diziam isso. Mas a partir de agora já não irei às vossas reuniões… Irei apenas quando me chamarem. Mas podem sempre contar comigo”. Seguiu-se um alongado aplauso para o principal mentor da JS.
Filipe Barbosa, enfermeiro com 25 anos de idade, é o primeiro líder dos jovens socialistas courenses. Deixando transparecer o habitual ‘nervoso miudinho’ de quem se estreia nas lides, o jovem socialista apresentou uma das principais metas da estrutura. “É verdade que a política, hoje em dia, está desacreditada. É verdade também que, infelizmente, há motivos para isso. No entanto, a única forma de credibilizar e enobrecer a política é chamar as pessoas a participar nela. Sobretudo os jovens!”, defendeu o dirigente juvenil. “Dar-lhes a oportunidade de construir algo nobre em que se reconheçam. É esse o desafio que queremos para nós”.
No total, a JS Paredes de Coura apresenta mais de 30 jovens. Com a concelhia de Paredes de Coura, a JS conta agora com orgãos eleitos nos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo.
Em Portugal, a JS é constituída por jovens com mais de 14 e menos de 30 anos. Atualmente esta organização é dirigida por João Torres, reeleito para o segundo mandato, no XIX Congresso Nacional da JS, que se realizou em Tróia em Dezembro de 2014. É uma organização política de jovens portugueses que aceitam a Plataforma política aprovada em Congresso, a Declaração de Princípios e Programa do Partido Socialista.

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