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Alto Minho

Noruegueses tentam comprovar “erro informático” na proposta de compra dos Estaleiros de Viana

12 Novembro, 2012 - 12:15

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A empresa norueguesa Volstad afirmou hoje estar a tentar comprovar a existência de um “erro informático” na admissão da proposta de compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que considera ser a “melhor para Portugal”.

A empresa norueguesa Volstad afirmou hoje estar a tentar comprovar a existência de um “erro informático” na admissão da proposta de compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que considera ser a “melhor para Portugal”.

“Estamos a trabalhar arduamente para comprovar a legalidade da nossa proposta e a provável existência de um erro informático no processo. Considero que ainda existe uma possibilidade de estarmos na corrida”, admitiu hoje à agência Lusa o representante da empresa em Portugal.

Segundo Ricardo Caliço, a Volstad Maritime afirma que a proposta de compra dos ENVC, no âmbito do processo de reprivatização em curso, foi enviada 35 minutos antes do prazo limite.

“A proposta saiu dos servidores da empresa responsável pela assessoria financeira do nosso projeto pelas 09:25 [de 05 de outubro] e, estranhamente, só deu entrada pelas 10:17”, disse ainda.

Constituída em 1952 e especializada na construção de navios tecnologicamente avançados e de apoio às atividades “offshore”, como prospeção de petróleo, a Volstad Maritime foi um dos grupos convidados pelo Governo para a última fase da reprivatização dos estaleiros.

“Sabemos que é a melhor proposta para Portugal. Queremos trazer para o país a cultura e conhecimento da Noruega, além de riqueza através de outras empresas conexas que poderão vir para cá trabalhar”, afirmou ainda o representante da Volstad.

Embora sem esclarecer os detalhes da proposta, admite que a base prevê uma estrutura com cerca de 200 trabalhadores, quando atualmente são 630, mas que “num ano pode até chegar aos mil”.

Além disso, prevê “logo no dia zero” o início da construção de dois navios tecnologicamente avançados, de apoio à atividade offshore, em Viana do Castelo.

A Volstad Maritime foi um dos três grupos – dos quatro convidados – a apresentar uma proposta de compra dos ENVC. No entanto, segundo esclareceu à Lusa fonte da “holding” pública que tutela as indústrias de Defesa, por ter dado entrada depois da hora limite (10:00) foi excluída.

Depois de os portugueses da Atlantic Shipbuilding não terem avançado com qualquer proposta, alegando um “problema técnico”, na corrida à aquisição de 95 % do capital social dos estaleiros continuam dois grupos internacionais.

Responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina, a Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, apresentou uma proposta vinculativa de compra dos ENVC e representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais.

O grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa, mas desconhecido no setor, fecha este lote de duas empresas que formalizaram ofertas de compra.

Entretanto, a comissão de fiscalização liderada pelo presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, já tem o processo em mãos, para análise da transparência e validade das propostas apresentadas.

Fonte da Empordef garantiu que a entrega da avaliação final das três propostas ao Governo continua prevista para 14 de novembro.

A partir dessa data segue-se a decisão política sobre o vencedor, sendo objetivo do Governo concluir a reprivatização dos ENVC até final do ano.

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