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Alto Minho

Noruegueses garantem que proposta de compra dos Estaleiros de Viana foi enviada antes do prazo

6 Novembro, 2012 - 13:47

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O representante em Portugal do grupo norueguês interessado nos Estaleiros de Viana do Castelo garantiu hoje que a proposta de compra da empresa, que previa manter 200 dos 630 trabalhadores, foi enviada 35 minutos antes do prazo limite.

O representante em Portugal do grupo norueguês interessado nos Estaleiros de Viana do Castelo garantiu hoje que a proposta de compra da empresa, que previa manter 200 dos 630 trabalhadores, foi enviada 35 minutos antes do prazo limite.

“É uma situação muito desagradável colocar-se em causa um nome como o da Volstad Maritime, dizendo que se atrasou. A proposta saiu dos servidores da empresa responsável pela assessoria financeira do nosso projeto pelas 09:25 e, estranhamente, só deu entrada pelas 10:17”, disse à agência Lusa Ricardo Caliço.

O prazo para entrega de propostas vinculativas de compra dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), no âmbito da reprivatização em curso, terminou na segunda-feira, às 10:00, tendo a Empordef recebido três propostas dos quatro grupos convidados.

No entanto, segundo esclareceu à Lusa fonte da “holding” pública que tutela as indústrias de Defesa, a proposta do grupo norueguês Volstad Maritime deu entrada depois da hora limite, pelo que foi excluída do processo.

“Estamos a ver o que ainda podemos fazer, porque temos certeza da forma como foi feito o envio da proposta, por correio eletrónico. Tratava-se de trazer para Portugal investidores noruegueses, com tecnologia de ponta, do melhor que há no mundo. É um processo que já leva um ano”, disse ainda o representante da Volstad Maritime.

Segundo Ricardo Caliço, a proposta norueguesa no âmbito da reprivatização dos ENVC previa a manutenção de cerca de 200 trabalhadores – dos atuais 630 – e a colocação, “logo no dia zero”, de dois navios em construção em Viana do Castelo.

“Não estamos a falar de navios comuns, à base apenas de ferro, mas sim altamente tecnológicos. Por isso, entendemos que se devia pensar se, nesta altura, existem propostas válidas para os estaleiros”, explicou ainda o responsável.

Constituída em 1952 e especializada na construção de navios tecnologicamente avançados e de apoio às atividades “offshore”, como prospeção de petróleo, a Volstad Maritime foi um dos quatro grupos convidados pelo Governo para a última fase da reprivatização dos estaleiros.

Depois desta exclusão e de os portugueses da Atlantic Shipbuilding não terem avançado com qualquer proposta, alegando um “problema técnico”, na corrida à aquisição de 95 % do capital social dos estaleiros continuam assim dois grupos internacionais.

Responsável por operações marítimas no Brasil e na Argentina, a Rionave Serviços Navais, com sede no Rio de Janeiro, apresentou uma proposta vinculativa de compra dos ENVC e representa vários interesses dentro da área, desde armadores a construtores navais.

O grupo JSC River Sea Industrial Trading, de origem russa, mas desconhecido no setor, fecha este lote de duas empresas que formalizaram ofertas finais dentro do prazo estipulado.

Depois de concluída esta fase, a Empordef terá três dias para realizar uma avaliação técnica.

A comissão de fiscalização liderada pelo presidente do grupo Frezite, José Manuel Fernandes, terá que se pronunciar sobre o processo nos cinco dias seguintes.

Ou seja, a partir de 14 de novembro o Governo terá condições para avaliar as propostas, sendo o objetivo concluir o processo de reprivatização até final do ano.

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