O norte de Portugal está a dar uma “goleada” à Galiza em matérias de economia e emprego jovem. O termo é aplicado pela própria imprensa galega.
As conclusões são de um estudo da UGT apresentado esta terça-feira em Vigo, na Galiza, sobre o mercado de trabalho juvenil na Eurorregião.
De acordo com o documento, é no norte de Portugal que os jovens entre os 16 e os 30 anos têm melhores salários, melhores condições de trabalho e melhores perspetivas de futuro.
Mas vamos a números.
No setor industrial, considerado o motor económico, os dados mais recentes – de 2020 – colocam o norte de Portugal muito acima da Galiza: 367.300 pessoas empregadas no nosso território contra quase 145.000 na Galiza. Mais do dobro.
Entre 2010 e 2021, a Galiza perdeu 69.600 jovens para o desemprego. O norte de Portugal registou 48.600.
Nesta altura, a taxa de desemprego jovem na Galiza já duplica a de Portugal: são 24,7% contra 13,2%.
Outra característica que os jovens enfrentam no mercado de trabalho galego são os baixos salários com uma disparidade salarial de 64% se tivermos em conta a remuneração média na Galiza – situada nos 19.900 euros anuais – com o salário médio das pessoas entre os 18 e os 25 anos.
Os salários dos jovens portugueses são inferiores aos dos galegos, mas as diferenças entre as idades são muito menores, refere ainda o estudo.
“A situação é pior na Galiza”, concluiu Olga Crespo, autora do relatório e chefe do gabinete técnico da UGT Galicia.
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