Município lamenta interrupção na vigilância e prevenção de incêndios durante a noite no distrito

O executivo municipal de Vila Nova de Cerveira está preocupado com o encerramento, no período noturno, do Posto de Vigia do Alto da Pena, assim como de outros postos localizados no Alto Minho.

De acordo com nota divulgada pela câmara municipal, esta é uma “incompreensível lacuna na prevenção, que deixa o território vulnerável aos incêndios”.

Recorde-se que desde o início da Fase Charlie, 16 por cento das ocorrências aconteceram precisamente no horário entre as 00h00 e as 08h00. O Serviço Municipal de Proteção Civil do município lamenta esta situação e já deu conhecimento do seu descontentamento aos agentes do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF 2012) no concelho e distrito.

Numa missiva enviada aos municípios alto-minhotos, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Cerveira dá conta do fecho do Posto de Vigia em horário noturno, entre as 00h00 horas e as 08h00 horas, situação que acontece desde o dia 21 de agosto e que se prolongará até ao próximo dia 31.

O Posto de Vigia 25.05 no Alto da Pena, freguesia de Loivo, concelho de Vila Nova de Cerveira fica, durante esse período, sem vigilância fixa, ficando a descoberto grande parte do território dos concelhos de Valença, Paredes de Coura e Caminha e, parte do território do concelho de Ponte de Lima.

Numa auscultação ao nível do Norte, foi possível apurar que o Alto Minho é a única região onde esta situação acontece e o motivo estará relacionado com férias dos agentes.

Na comunicação, a Câmara de Vila Nova de Cerveira lamenta que “esta importante alteração no sistema de vigilância não foi sequer comunicada ao município”.

Refira-se que o funcionamento da Rede Distrital de Vigilância Fixa, constituída pelos Postos de Vigia é da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana (GNR). Como referimos, desde o início da Fase Charlie, das 172 ocorrências (florestais, não se incluem ocorrências em espaço agrícola, queimadas ou falso alarme), 16 por cento aconteceram naquele período noturno e contribuíram para 28 por cento da área ardida em espaço florestal até ao momento no Alto Minho.