Evandro Dias, 34 anos, natural do Brasil e a residir em Matosinhos. Eis o nome do grande vencedor da edição deste ano do concurso Coca de Monção.
Trata-se de um desafio à liberdade criativa, ao arrojo e inovação artística, tendo como percursor a figura mitológica da Coca de Monção. Uma busca por novas formas de interpretação, imaginação e perspetiva diferenciadora da figura do lendário Dragão de Monção.
Tendo por base a mesma silhueta, os artistas dão aso à liberdade criativa e decoram o dragão como bem entenderem.
Este ano, Evandro foi o melhor entre as duas dezenas de participantes. Dedica-se à área da ilustração há vários anos. Viu o anúncio nas redes sociais e concorreu.
A sua Coca em Chamas [assim batizou a obra] alcançou o primeiro lugar, precisamente no dia em que passam cinco anos sobre os grandes incêndios em Monção de 2017.
Evandro Dias, com a Coca em Chamas, vencedor da edição deste ano do concurso Coca de Monção
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
“É também um alerta. Quase todos passamos pelo flagelo dos incêndios. É muito importante pensarmos na preservação do território”, realçou Evandro Dias à Rádio Vale do Minho no museu Monção&Memórias, onde estão patentes os trabalhos.
É então que, baseado neste “flagelo”, o artista adapta a lenda à realidade.
“S. Jorge larga a espada e pega numa mangueira. Torna-se num bombeiro e a Coca – que simboliza o mal – passam a ser os próprios incêndios”, explicou.
Para além do diploma de 1º lugar, o vencedor foi ainda contemplado com um cheque no valor de 1.000 euros.
De referir que o 2º e 3º classificado neste concurso foram também contemplados com um cheque no valor de 500 e 300 euros, respetivamente.
Presente nesta cerimónia/exposição de atribuição de prémios, o presidente da Câmara sublinhou a aposta que o Município tem feito na área da Cultura.
“Este é um território onde estas áreas culturais não existiam. Hoje temos parcerias sólidas com universidades de Belas Artes não só portuguesas como também espanholas. É um trabalho que queremos continuar, até porque os territórios são feitos com Cultura. E num território como o nosso, de baixa densidade, essa importância é muito maior”, destacou António Barbosa.
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De referir que esta iniciativa foi apadrinhada pelo artista plástico Bordalo II. O júri da edição deste ano foi composto por Eva Vieira (Ilustradora e Vencedora da edição do ano passado), Helena Mendes Pereira (Diretora artística da ZET Gallery e Fundação Bienal de Arte de Cerveira) e Juan Carlos Román (Professor de Escultura na Universidade de Vigo).
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