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Monção

Monção: Rangel profetiza vitória de Barbosa e coloca-o entre os «grandes dirigentes nacionais»

4 Dezembro, 2016 - 02:02

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Mais de quatro centenas de militantes e simpatizantes no Jantar de Natal do PSD local.

Já é batizada pelos militantes do PSD como «A Profecia de Rangel» e foi feita este sábado. “António Barbosa vai ser um dos grandes dirigentes nacionais do PSD depois de ser presidente da Câmara de Monção”. Ato contínuo, as palavras de Paulo Rangel receberam um longo aplauso dos 430 militantes e simpatizantes do partido presentes no jantar de Natal da concelhia local. Juntamente com os deputados na Assembleia da República, eleitos por Viana do Castelo, o eurodeputado social-democrata marcou presença naquela que foi praticamente a confirmação de que António Barbosa voltará a liderar o partido na corrida à Câmara de Monção nas próximas autárquicas. Mas o “sim” ainda não foi desta. Neste encontro de Natal, o prendado foi o próprio António Barbosa que recebeu “no sapatinho” uma vasta onda de apoio. Tão intensa que Paulo Rangel mostrou-se rendido. “Este é um dos jantares mais impressionantes em que eu já estive fora de tempo eleitoral. Já vi jantares com muita gente, mas fora de eleições nunca vi nenhum com tanta!”, admitiu.
Previsivelmente, Paulo Rangel apontou António Barbosa como “o candidato certo para Monção”. De discurso convicto, o eurodeputado disse não ter “qualquer dúvida de que [António Barbosa] vai ganhar as eleições autárquicas de Outubro de 2017 e trazer a Câmara de Monção para o PSD. Para o nosso partido!”. Mas para que isso aconteça, sublinhou Rangel, é necessária a ajuda dos jovens. Foram mesmo qualificados como “a surpresa do jantar” pelo dirigente social-democrata. “É absolutamente impressionante a quantidade de jovens com 16, 17, 18 ,19 e 20 anos que estão neste jantar. Em muitos sítios temos tido militantes que em tempos difíceis querem dar a cara. Mas em poucos sítios temos tido tantos jovens como temos aqui esta noite”, elogiou. Mais um caloroso aplauso.
A importância dos jovens foi também realçada pelo presidente da Comissão Política Distrital do PSD. “A juventude é sempre muito importante. Sobretudo nestas alturas. Trazem sangue novo e uma mobilização extraordinária para o trabalho que todos temos de fazer nas eleições autárquicas”, disse Carlos Morais Vieira. “Sinto-me extraordinariamente satisfeito por ver a moldura humana de jovens que se encontram nesta sala. É para mim, sem dúvida, um descanso absoluto saber que, em Monção, a juventude está com António Barbosa e vai naturalmente fazer com que o PSD conquiste a Câmara Municipal de Monção”.
Naquele que foi o discurso mais efusivo e arrebatador da noite, Morais Vieira deixou também uma palavra de apreço aos autarcas nas Juntas de Freguesia do concelho. “Como sabemos, as eleições autárquicas assentam num pilar fundamental de trabalho daqueles homens que estão junto das suas populações todos os dias para resolver os problemas em cada localidade”, recordou. “Tenho que esta noite dizer obrigado a esses autarcas do PSD Monção por todo o trabalho que fizeram por Monção e pelo PSD”.
A finalizar um discurso assente em “pilares”, Morais Vieira qualificou precisamente António Barbosa como “um dos pilares importantíssimos no trabalho autárquico do PSD nos últimos anos. Em 2013 foi-nos retirada a vitória [em Monção], mas em 2017 [para António Barbosa] vais reconquistar a Câmara de Monção, vais ter o apoio de todos nós e vais naturalmente mudar o destino e o desenvolvimento desta terra raiana”, finalizou o líder distrital.

António Barbosa “acompanhado da mesma «canalha»”

Da parte de António Barbosa, como foi referido, só faltou mesmo um “sim”. Ficou adiado. O líder da concelhia monçanense optou por apontar baterias à atual gestão socialista na Câmara de Monção. Não esqueceu «farpas» de 2013 e entrou logo por aí. “Se bem se recordam, António Barbosa era «um rapaz que andava acompanhado de canalha». O rapaz continua extamente acompanhado da mesma «canalha» e por mais que queira vir. Acredito verdadeiramente no papel dos jovens”, disse o atualmente vereador na Câmara de Monção.
“Temos de ter uma Câmara que faça mais e melhor pelas pessoas”, atirou Barbosa. “Estou na Câmara há três anos e não tenham dúvidas de que os problemas essenciais da nossa terra não foram pensados. Quem nos governa, continua a governar da mesma forma que governava há 15 ou 16 anos atrás sem ter-se apercebido que as circunstâncias atuais são completamente distintas”.
Entre outros problemas enunciados, António Barbosa classificou a desertificação como “o maior problema” que Monção enfrenta. “Nos anos 60, Monção tinha cerca de 28 mil habitantes. Para quem tem a ilusão de que o concelho está muito bem, posso dizer-lhes que hoje Monção andará à volta dos 18 mil habitantes. Todos os anos o nosso concelho está a perder cerca de 200 pessoas!”, alertou. “Monção é o concelho do Alto Minho com menor índice de população ativa, com cerca de 61,2%. A média do Alto Minho é de 63,9% e a nível nacional esse valor ultrapassa os 65%. Rapidamente chegamos à conclusão que a taxa de desemprego de Monção é igual ou superior à média do Alto Minho”, concluiu.
“Conhecem alguma proposta da Câmara, algum tipo de iniciativa para atacar este problema em Monção nos últimos 19 anos?”. A questão feita por António Barbosa à sala ficou sem resposta. “É mais fácil dizer que Monção é um concelho muito avançado, até porque já temos um conjunto de lojas de retalho”, ironizou. E por isso, equacionou, “se tivermos a vontade e se não tivermos medo de dar mais poder aos presidentes de Junta, não tenham dúvidas que a Câmara de Monção terá mais tempo para combater aqueles que são os problemas reais e que têm de ser tratados”.
Caso anuncie a candidatura à Câmara de Monção pelo PSD, esta será a segunda vez que António Barbosa irá enfrentar Augusto Domingues. O atual presidente de Câmara anunciou o ano passado que iria recandidatar-se pelo PS nas próximas eleições autárquicas. Em 2013, para a Câmara Municipal de Monção, o PS obteve 37,96% dos votos. O PSD ficou logo atrás com 37,92%. A diferença entre as duas forças foi de apenas quatro votos. A taxa de abstenção no concelho foi de 41%.

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