A invenção do telefone fixo é atribuída a Alexander Bell, inventor britânico. Aconteceu em 1876.
No entanto, só 60 anos mais tarde é que este extraordinário aparelho chegaria ao Vale do Minho. Em Monção, por exemplo, a primeira lista telefónica só seria publicada na imprensa da altura em 1939, segundo José António Barreto Nunes, entusiasta da história do concelho.
O nº1, por exemplo, correspondia à Cabine da Estação. Ao marcar o nº2, o utilizador teria uma “linha direta entre Valença e Monção com ligação para todo o paiz”. E por aí adiante…
No entanto, se marcasse o número 6, do outro lado da linha poderia não ouvir uma voz simpática.
Era o telefone da Polícia Internacional, então designada por Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (PVDE) que, a partir de 1945, passaria a designar-se por Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE).
[Fotografia: José António Barreto Nunes / Grupo FB Os amigos de Monção]
A Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) foi uma polícia do Estado Português, que funcionou entre 1933 e 1945. A PVDE tinha como atribuições a vigilância das fronteiras, o controlo de estrangeiros, a fiscalização da emigração e a segurança do Estado.
Em Monção, a PVDE teve sede na Rua da Independência.
A PIDE foi criada pelo Decreto-Lei n.º 35.046 de 22 de outubro de 1945 — em substituição da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado — sendo considerada como um organismo autónomo da Polícia Judiciária e apresentada como seguindo o modelo da Scotland Yard, mas foi de facto o prolongamento da PVDE, criada com a consultoria dos fascistas italianos e da Gestapo alemã e continuaria, sob o nome de Direção-Geral de Segurança (DGS), depois de 1969 e até à Revolução do 25 de Abril.
Em Monção, a PIDE teve sede na Rua Dr. Álvares Guerra e depois num edifício próximo ao atual parque de estacionamento do Porcalho, no centro da vila.
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