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Monção

Monção: Presidente da Câmara considera que Governo deveria facilitar mais a vida aos idosos

28 Outubro, 2015 - 12:29

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Protocolo de colaboração entre o Município de Monção e as farmácias locais no âmbito do Programa de Comparticipação Municipal de Medicamentos foi assinado esta quarta-feira.

O presidente da Câmara de Monção considera que o Governo deveria preocupar-se em tornar “mais fácil” a vida aos idosos de cada concelho. O lamento foi deixado por Augusto Domingues esta quarta-feira, durante a assinatura de protocolo de colaboração entre o Município de Monção e as farmácias locais no âmbito do Programa de Comparticipação Municipal de Medicamentos. “Com a pensão de sobrevivência não deve ser fácil viver, e nós temos muitos idosos nessa circunstância. Como tal, o Governo deveria estar preocupado em arranjar linhas financiadoras que ajudassem esta gente a viver melhor, sobretudo neste item que são os medicamentos”, considerou o autarca socialista. “A partir dos 60 anos começamos a ter dificuldades de saúde que precisam de ser compensadas com medicamentos. Todos sabemos que são caros e há gente na nossa comunidade com dificuldade em comprá-los. Daí esta estratégia. Chamo-lhe a ‘política do carinho'”, explicou. Serão contemplados com esta comparticipação cerca de 50 idosos já selecionados, mas Augusto Domingues não descarta a possibilidade de aumentar este leque no futuro. “Se for essa a lógica e se entendermos que é assim, obviamente que abriremos os cordões à bolsa porque esta gente tem de ser apoiada”, realçou.
O apoio, destinado a cerca de meia centena de pessoas com comprovada carência económica, traduz-se na comparticipação de 50 por cento do encargo do utente na compra de medicamentos com receita médica do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estes podem ser adquiridos numa das seis farmácias existentes no concelho.
Cada utente terá um planfond anual de 160 euros. A conta corrente é feita através de um cartão que será disponibilizado aos beneficiários, sendo atualizado sempre que houver uma compra. Para esta iniciativa solidária, a autarquia inscreveu uma verba de 8 mil euros no orçamento municipal para este ano. “Sobre o que os idosos me têm dito, [o valor] é pouquinho, mas ajuda. Mas estamos aqui para aprender, e se verificarmos que ainda persistem muitas dificuldades iremos abrir os cordões à bolsa”, reiterou Augusto Domingues.
Do lado dos farmacêuticos, Pedro Ribeiro, diretor técnico de uma das farmácias, sublinhou que estes espaços “não poderiam ficar alheados das questões sociais. Temos uma herança histórica em que as farmácias desempenharam sempre um papel fundamental. Todos vemos as necessidades de uma franja da população que está particularmente a viver dias difíceis”, disse o responsável. “Este montante, não sendo nenhuma resolução total dos problemas vai ser certamente uma ajuda”, concluiu.
Recorde-se que para concorrer a esta comparticipação foram necessários alguns requisitos: ter idade igual ou superior a 66 anos; ser pensionista, reformado ou carenciado com insuficientes meios de subsistência; residir, há pelo menos dois anos, no concelho de Monção em alojamento familiar; e possuir um rendimento per capita do agregado familiar inferior a 50% do valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS).

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