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Monção: Paulo Esteves parte a loiça – Vereador farto de ver o PS a ser “enxovalhado”

13 Setembro, 2018 - 09:29

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Paulo Esteves perdeu a paciência. Esta quarta-feira, em reunião do Executivo Municipal, o vereador socialista disparou em todas as direções e exige que seja cumprido o regimento do órgão, sobretudo […]

Paulo Esteves perdeu a paciência. Esta quarta-feira, em reunião do Executivo Municipal, o vereador socialista disparou em todas as direções e exige que seja cumprido o regimento do órgão, sobretudo no que refere ao período de intervenção do público. “O bom nome e a figura do PS são constantemente postos em causa nestas sessões de câmara. Enquanto presidente da Comissão Política, já solicitei uma audiência ao presidente da Câmara para debater esta questão. Que fique aqui muito claro que não se pretende criar a Lei da Rolha a ninguém! As pessoas são livres de opinar”, realçou Paulo Esteves. Porém, lamentou o vereador, o cenário também se estende à Assembleia Municipal. “A bancada do PS é constantemente enxovalhada! E a partir de hoje, exigimos que se cumpra o regimento, o qual diz que não pode ser feita política [no período de intervenção do público]. Se querem fazer política sentam-se aqui”, avisou o líder socialista em tom de voz assertivo. “A partir de hoje não terei qualquer contemplação. Isto é um aviso à navegação”, prosseguiu. Embora sem citar nomes, e olhando ao desenrolar das últimas sessões, os mimos terão sido para José Adriano Cruz e para Custódio Teixeira, ambos ligados ao PS mas que nos últimos anos têm tomado posições de discórdia e afastamento do partido. O primeiro chegou mesmo a exercer as funções de vereador durante a passada década de 90, quando a Câmara Municipal de Monção era presidida por Armindo Guedes da Ponte (PSD).

 

 

Paulo Esteves: “Isto para não falar em camelos e burros de que fomos apelidados numa Assembleia Municipal.”

 

Paulo Esteves estava imparável. A cada linha, mostrava-se farto de “faltas de respeito”. “Isto para não falar em camelos e burros de que fomos apelidados numa Assembleia Municipal”, acusou. Disparou contra a imprensa escrita. “Sempre que tenho uma opinião, assino-a. Não invento pseudónimos”, finalizou.

 

António Barbosa: “Não vejo onde há ofensa ao regimento, mas não terei problemas nenhuns em receber os vereadores.”

 

Na resposta, o presidente da Câmara (PSD) mostrou-se tranquilo. “O público não é sempre o mesmo. Falo com muita gente e não oiço ninguém a ter a mesma posição que vocês”, disse António Barbosa que esclareceu que, para além de casos em que os vereadores da oposição possam responder, a palavra é dada a estes últimos quando “a honra é ofendida”. O edil social-democrata considerou que, até ao momento, isto nunca aconteceu desde que tomou posse. “Não vejo onde há ofensa ao regimento, mas não terei problemas nenhuns em receber os vereadores. Sentarmo-nos e percebermos onde é que vocês consideram que há a ofensa ao regimento”, garantiu o presidente da Câmara. “Se chegarmos à conclusão que ela existe, tentaremos perceber de que forma é que poderemos resolver isso”, concluiu.

 

José Adriano Cruz: “Mas que feitio! Deixai-vos disso!”

 

Chegado o período de intervenção do público, usaram da palavra precisamente aqueles que terão sido os principais visados da descarga do líder socialista. De pé, perante um salão da Junta de Freguesia de Pinheiros totalmente cheio, Custódio Teixeira disse ter “a impressão de que Paulo Esteves provoca as pessoas”. “Uma pessoa que se sinta ofendida na sua honra, processa! Vai para os tribunais”, devolveu Custódio Teixeira em tom pragmático. “Não precisamos de vir para aqui armados em vítimas. Há advogados. Há tribunais para julgar. Tenho seguido este Executivo por todo o concelho e nunca vi ninguém deste Executivo a ser ofendido”, afirmou.

Quase que previsivelmente, tomou também a palavra José Adriano Cruz. “Parece que, embora alguns tenham nascido depois de 1974, há algum saudosismo da censura”, disse em tom irónico. “Fomos nós que vos colocámos aí. Aos sete. Porque que é vocês podem dizer o que vos apetece e nós não?”, atirou. “Isto mais me parece uma caça às bruxas ou a procura do sexo dos anjos. Ou, pior ainda, um mau perder”, continuou o antigo autarca socialista cada vez mais cáustico. “Mas que feitio! Deixai-vos disso!”, exclamou.

 

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