Os presidentes de Câmara de Monção e Melgaço mostraram-se muito satisfeitos com a anunciada desistência da empresa australiana Fortescue Metals de realizar prospeção de lítio na zona de Fojo que abrange os concelhos de Monção, Melgaço e Arcos de Valdevez. De acordo com notícia avançada por vários órgãos de comunicação social nacionais, a decisão já foi comunicada à Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
“São ótimas notícias. São sinal de que a empresa percebeu que não podia avançar com esta prospeção. A população movimentou-se. As autarquias movimentaram-se. Toda a gente deu nota de que não estava concordante. Aquilo que estava em causa é valiosíssimo e esta prospeção nunca poderia acontecer”, disse à Rádio Vale do Minho o presidente da Câmara de Melgaço, Manoel Batista (PS).
Manoel Batista: “Não tenho dúvidas nenhumas de que a presença do Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na Festa do Alvarinho foi muito importante.”
O autarca melgacense fala sobretudo de “uma grande vitória da população”. Mas Manoel Batista felicita também o Governo liderado por António Costa. “Não tenho dúvidas nenhumas de que a presença do Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, na Festa do Alvarinho foi muito importante”, sublinhou. “Percebendo ele aquilo que estava a acontecer, fez um trabalho eficaz para que esta questão se resolvesse”.
Manoel Batista deixou ainda um recado à direita, mais propriamente ao cabeça-de-lista do PSD às próximas eleições europeias, Paulo Rangel, que acusou o Governo de “ocultar informação” sobre esta matéria. “O que foi dito pelo Ministro das Infraestruturas foi verdade. O assunto está verdadeiramente resolvido”.
António Barbosa: “É uma vitória do Alto Minho! É uma vitória das populações!”
Também pleno de contentamento mostrou-se o presidente da Câmara de Monção. Aos microfones da Rádio Vale do Minho, António Barbosa (PSD) lembrou que a informação “vem de encontro ao que o Ministro das Infraestruturas garantiu durante a Festa do Alvarinho”. “Esta empresa respeitou a vontade das populações não pondo em causa as mais-valias do território como paisagens, o vinho Alvarinho, etc… e é daí que colocamos em funcionamento toda a nossa economia local”, apontou o autarca monçanense.
Barbosa também não tem dúvidas. “É uma vitória de todo o Alto Minho! É uma vitória das populações!”. “As populações revoltaram-se. Nas redes sociais não se falava de outra coisa”.
No entanto, mesmo perante as boas notícias, o presidente da Câmara de Monção garantiu à Rádio Vale do Minho que irão ser enviadas ao Governo tanto a posição da Assembleia Municipal de Monção como a posição tomada em conjunto pelos três municípios envolvidos sobre está matéria.
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