O cabeça-de-lista pelo PSD às próximas eleições europeias acusa o Governo de estar “a ocultar informação” no que diz respeito às intenções de uma empresa australiana realizar prospeção de lítio na região. Paulo Rangel, que visitou este sábado a Festa do Alvarinho e do Fumeiro, em Melgaço, reagia desta forma às afirmações feitas esta sexta-feira pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que também visitou o certame.
“A informação é muito escassa. O Governo está a tentar, de alguma maneira, ocultar algo”, considerou Paulo Rangel aos microfones da Rádio Vale do Minho. “É fundamental que este processo seja transparente e aberto. Acho até que as populações estarão recetivas à exploração do lítio se tiverem garantias de que não irá causar nenhum impacto. Ora, é essa discussão que não se está a fazer”, apontou o candidato social-democrata.
De baterias apontadas à esquerda, Paulo Rangel lamenta “um lítio que está a ser decidido em Lisboa e só em Lisboa”. “É fundamental que as populações de Melgaço, de Monção e de Arcos de Valdevez tenham informação e transparência. E só depois é que devem ser tomadas decisões”, defende. “Agora das duas uma: Ou os impactos não são fortes e todos poderão ganhar alguma coisa com isto ou estamos perante algo muito negativo para a região”.
Em jeito de síntese, Paulo Rangel recomenda que “não sejam tomadas decisões sem conhecimento de causa”. “Neste caso, parece-me que está a fazer-se um pouco aquilo que se fazia no faroeste: mata-se primeiro e julga-se depois”.
A Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço arrancou esta sexta-feira. Vai prolongar-se até domingo. No total, são 62 expositores que vão dar corpo a esta Festa do Alvarinho e do Fumeiro. Três dezenas são de Alvarinho, 18 são do fumeiro, queijo, compotas e outros produtos locais e, ainda, as já tradicionais tasquinhas.
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