O Passadiço da Cascata do Fojo, na freguesia de Lara, em Monção, foi o segundo local mais visitado do concelho em 2022. Os dados foram avançados à Rádio Vale do Minho por fonte autárquica.
Recorde-se que o passadiço foi inaugurado em janeiro do ano passado. Foi, portanto, uma entrada direta para o segundo lugar deste ranking.
Em declarações à Rádio Vale do Minho, o Presidente da Junta de Freguesia de Lara, mostrou-se evidentemente satisfeito com os dados.
“Fomos visitados por largos milhares de pessoas ao longo dos últimos meses. A grande maioria são galegos, mas também muitos portugueses”, disse Carlos Vieites.
Em jeito de balanço do primeiro ano de passadiço, o Presidente da Junta destacou dois grandes momentos.
Um primeiro momento aconteceu durante o mês de maio, quando a Nutella, marca detida pela Ferrero, lançou uma embalagem do famoso creme de cacau e avelã decorada com a Cascata do Fojo.
O outro aconteceu também durante esse mês, quando um jornal galego de grande tiragem deu destaque ao passadiço construído pela Junta de Lara.
Passadiço da Cascata do Fojo foi o segundo local mais visitado de Monção em 2022 [Arquivo/Rádio Vale do Minho]
Parque de merendas na Primavera
Conforme avançou este domingo a Rádio Vale do Minho em primeira mão, a Cascata do Fojo vai ter um parque de merendas. O novo espaço, cujo investimento “vai rondar os seis mil euros” vai ficar muito próximo à cascata.
Deverá ficar concluído em finais do próximo mês de março ou inícios de abril.
“Vai ser algo espetacular, com aquela natureza toda envolvente. Terá mesas em madeira, por forma a favorecer todo aquele enquadramento”, avançou o Presidente da Junta.
Uma caminhada única pela natureza
O passadiço da Cascata do Fojo foi inaugurado em janeiro do ano passado. No total, recorde-se, são 350 metros de um passadiço que proporciona uma caminhada única pela natureza. Começa no chamado Lugar do Forno. No final, o caminhante é brindado com a esmagadora beleza da cascata.
Ao redor, apenas o silêncio cortado pelo chilrear de aves e a melodia da água que cai entre duas paredes rochosas, criando pequenas lagoas aprazíveis. Se o lugar já era atrativo sobretudo durante o Verão, o novo passadiço garante àquele espaço ainda maior êxito e fama visto que o acesso à cascata fica ainda mais facilitado.
A obra, também a cargo da Junta de Freguesia, representou um investimento total de 42 mil euros.
Sobre o Palácio da Brejoeira
É um dos símbolos máximos e espaço de visitação de Monção por excelência. Ocupa o primeiro lugar no ranking de visitas o que, para os locais, não é de espantar.
É um edifício de estilo Neoclássico, ainda com influência barroca, foi mandado construir no início do século XIX, por Luís Pereira Velho de Moscoso, Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, entre outras funções honrosa no seio da comunidade Monçanense. Este mandou edificar o Palácio da Brejoeira, numa antiga quinta de família chamada Quinta do Vale da Rosa.
A Brejoeira sempre produziu vinho, embora sem a importância que assumiu a partir de 1976, altura em que foi lançada a marca Palácio da Brejoeira.
Antes da instalação da vinha de Alvarinho,o vinho era destinado ao consumo familiar ou vendido a granel para pequenas mercearias, com as castas Bracelho, Pedral e Negrão (Vinhão).
Em 1964, Maria Hermínia d’Oliveira Paes, então proprietária do Palácio, procurou o Engenheiro João Simões de Vasconcelos, com quem se aconselhou, iniciando nesse ano,com a assessoria deste na vinicultura, a plantação dos primeiros hectares de vinho Alvarinho.Contou mais tarde com o apoio do Engenheiro Agrónomo Amândio Galhano, na enologia.
Já em 1974, a proprietária construiu uma adega com todas as condições necessárias para a produção de vinho Alvarinho e dois anos mais tarde, em 1976, o seu sonho é realizado: é lançado o Palácio da Brejoeira Alvarinho, engarrafado na origem. Em 2010 abriu pela primeira vez ao público visitas guiadas.
Maria Hermínia d’Oliveira Paes residiu na área privada do Palácio até à data do seu falecimento, que ocorreu a 30 de dezembro de 2015.
O Palácio é atualmente administrado por Emílio Magalhães que, em bom rigor, já dirige o espaço há duas décadas.
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