O CDS-PP Monção promete voltar a bater-se contra a derrama municipal, medida incluída no Orçamento Municipal para 2019. Recorde-se que o documento foi já aprovado em sessão camarária com votos favoráveis da maioria social-democrata e contra da vereação socialista. Os centristas não tem assento neste órgão, mas têm representação na Assembleia Municipal. A próxima sessão está já agendada para esta sexta-feira e o CDS-PP tem também uma palavra a dizer sobre o orçamento. No ano passado, aquando a discussão para o Orçamento para 2018, a deputada Elisabete Amoedo não poupou críticas à implementação desta medida. “A decisão de aplicar esta taxa contraria toda a lógica discursiva do PSD durante a campanha eleitoral, que sempre se referia a captar investimento quer nacional quer estrangeiro!”, atirou a deputada centrista. “As empresas estão mais do que sufocadas com impostos!”, exclamou Elisabete Amoedo.
É certo que, este ano, o presidente da Câmara, António Barbosa, mexeu ligeiramente nas peças do tabuleiro. A derrama municipal continua a existir, mas passam a estar isentos os sujeitos passivos com sede fiscal no concelho de Monção, independentemente do volume de negócios. Mas a medida não convence o CDS-PP. A Rádio Vale do Minho apurou já, junto de fonte ligada ao partido, que “embora o imposto tenha sido atenuado, o partido continuará a reprová-lo”.
De resto, o CDS promete batalhar por uma lista de medidas que considera importantes para o concelho. Entre elas a já chamada rotunda de São Pedro. Para os centristas, esta rotunda na EN 202 é fundamental por forma a combater o elevado índice de sinistralidade que ali se tem verificado.
O CDS defende também a criação de um Parque de Campismo em Monção. Criar o serviço de guia turístico, como parte integrante da Loja Interativa de Turismo está também nas prioridades do partido.
Revitalizar o turismo rural, através da revitalização das margens dos rios e praias fluviais é outra das propostas do CDS. O partido quer também criar o projeto Moinhos de Monção, que tem como objetivo inventariar os moinhos existentes e proceder, sempre que possível, à sua recuperação.
O projeto Fontes de Monção é outra das ideias avançadas pelo CDS. O objetivo passa pela reabilitação e restruturação das fontes de água existentes no concelho. Para além de promover a preservação do património, é incentivada a redução do consumo de água engarrafada.
No campo das obras, a construção de um parque de estacionamento subterrâneo está na linha da frente dos centristas. O partido quer também ver reconstruídas as antigas portas do concelho de Monção.
Já na educação, o CDS pretende garantir que são mantidas as condições de conforto (aquecimento) no Agrupamento de Escolas. Os centristas sugerem ainda a celebração de protocolos para a instalação de um pólo universitário ligado à agricultura.
Visivelmente preocupado com a juventude, o CDS propõe também a instalação de um espaço de incubadora de empresas. Favorecer a prática de novas modalidades desportivas é outra das medidas que os centristas gostariam de ver incluída no orçamento.
A revitalização do Mercado Municipal é também uma urgência para o partido. O mesmo cenário para os bairros sociais, onde o CDS estabelece como prioridade a eliminação das coberturas de amianto.
Entre as várias propostas apresentadas, destaque ainda para a proposta de criação do Regulamento de Proteção, Bem-Estar e Saúde Animal. O objetivo, explica o partido, é estipular medidas de combate ao abandono animal.
De referir que o Orçamento Municipal de Monção para 2019, com um valor global a superar os 23 milhões de euros, é um dos maiores de sempre na história do concelho. É definido pelo presidente da Câmara como um “documento realista, rigoroso e estruturante, focado no desenvolvimento económico, criação de riqueza e bem-estar de todos os monçanenses”.
A sessão da Assembleia Municipal da próxima sexta-feira está marcada para as 21h00. Vai realizar-se no auditório do pólo de Monção da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI).
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