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Monção

Monção: Antigo armazém da CP vai tornar-se numa incubadora de empresas

24 Dezembro, 2019 - 12:14

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PUB O antigo armazém da CP, em Monção, vai dar origem a uma incubadora de empresas. O anúncio foi feito durante a última reunião do Executivo Municipal, em Tangil, durante […]

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O antigo armazém da CP, em Monção, vai dar origem a uma incubadora de empresas. O anúncio foi feito durante a última reunião do Executivo Municipal, em Tangil, durante a qual foi aprovada por maioria uma proposta de desafetação do domínio público municipal daquele espaço para o domínio privado municipal.

“Temos um projeto que contempla duas fases. A primeira implica a reabilitação de toda a parte fechada para a criação de uma incubadora de empresas. Estão previstos gabinetes individuais, salas de formação, salas de reuniões, espaço de convívio. Terá dois pisos”, adiantou à Rádio Vale do Minho o vice-presidente da Câmara de Monção, João Oliveira. 

“Entendemos que estamos assim a dar um sinal forte aos jovens de Monção. Num dos principais locais da vila de Monção vão ter lá uma incubadora de empresas onde irão ter a preços muito reduzidos a oportunidade de iniciar o seu percurso profissional”.

No entanto, a vereação socialista votou contra. “Obviamente que sou a favor do coworking. O problema é que eles [maioria PSD] querem passar para o domínio privado que permite alienar, tal como fizeram com as futuras lojas na Avenida 25 de Abril”, disse o vereador Augusto Domingues à Rádio Vale do Minho.

“Tanto investimento fizemos em adquirir terrenos, em demolir casas para facilitar a futura obra da envolvente da estação e agora põem ao dispor dos privados? Não. Não concordo com isso!”, concluiu o autarca socialista.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PSD. Contou com os votos contra dos três vereadores do PS. A obra deverá ficar concluída ainda durante 2020.

 

PSD já tinha assegurado que antigo armazém iria ser mantido

 

Recorde-se que foi em agosto do ano passado que a maioria social-democrata garantiu que o antigo armazém da CP iria ser mantido durante a intervenção na envolvente da antiga estação dos caminhos-de-ferro.

Eesta intervenção, denominada Projeto de Requalificação Urbanística da Avenida D. Afonso III, surgiu há três anos tendo despoletado aceso debate entre as duas maiores forças políticas do concelho. Em 2016, eram os socialistas que estavam ao leme da Câmara Municipal. 

Apresentaram duas propostas – a A e a B. A primeira apresentava uma forma mais aberta de chegar a Monção, que privilegiava a vista para a muralha. Conseguia dissimular toda a zona de estacionamento com um enquadramento arbóreo, havendo uma sequência de percurso até ao centro histórico. Esta solução obrigaria à retirada do antigo armazém da CP.

Já a solução B mantinha todo o conjunto edificado pela CP, obrigando a que o estacionamento seja junto ao arruamento. Seria criada uma praça entre o edifício da estação e o edifício do armazém, sendo feita aí a passagem para uma segunda rotunda já no centro histórico. Seria uma passagem mais dissimulada.

A alternativa B era na altura a que mais agrada aos sociais-democratas, mas o PSD considerava que ainda não era a ideal. A vereação ‘laranja’ não só defendia o aproveitamento do cais da estação para eventos de variadas índoles como apelou a uma alternativa C, com mais lugares de estacionamento.

Essa terceira alternativa viria a ser encontrada pelo próprio PSD no trabalho de um jovem arquiteto de Monção. Em maio desse mesmo ano, João Miguel Felgueiras apresentou soluções para uma profunda requalificação de todo o casco histórico da vila.

O trabalho, que foi tese de Mestrado, aborda os principais espaços públicos do concelho: Largo do Souto, Largo da Estação, Praça da República, Praça Deu-la-Deu e Parque das Caldas. No largo da Estação, para além da manutenção de todo o património edificado pela CP, o arquiteto sugere a construção de um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 300 viaturas.

“Se esse espaço for pensado em duas plataformas, até pode passar para o dobro”, apontou na altura João Miguel Felgueiras à Rádio Vale do Minho.

 

Socialistas não se opuseram à manutenção do antigo armazém

 

Convidado a comentar a determinação do PSD em manter o antigo armazém da CP, o vereador socialista Augusto Domingues lembrou nesse mesmo mês de agosto que “se for esta a vontade, teremos de acatá-la. Temos de respeitar a maioria”. “Nem vale a pena grande discussão! Eles são quatro e nós somos três”, apontou o antigo presidente de Câmara que sublinhou não ficar desagradado se aquele edifício for mantido.

“No final do mandato eu já aceitava as várias possibilidades, excepto a deslocação do antigo armazém. Isso seria menos exequível! Mas ficar ou sair eram hipóteses que eu já tinha acatado”, recordou Augusto Domingues à Rádio Vale do Minho.

 

Recorde aqui os vídeos apresentados em 2016 com as propostas A e B para a zona envolvente da Estação:

 

 

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