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Monção

Monção: Jovem arquiteto apresenta soluções para todo o tecido histórico

16 Maio, 2016 - 08:46

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Projeto inclui estacionamento subterrâneo para o Largo da Estação. Tem apoio total do PSD.

Um jovem arquiteto de Monção apresentou este domingo, perante um auditório do pólo da EPRAMI quase cheio, uma nova proposta de Requalificação Urbanística da Avenida D. Afonso III, envolvente da antiga estação da CP. No entanto, o documento não se restringe apenas a esta área. João Miguel Felgueiras apresenta soluções para uma profunda requalificação de todo o casco histórico da vila.
O trabalho, que foi tese de Mestrado, aborda os principais espaços públicos do concelho: Largo do Souto, Largo da Estação, Praça da República, Praça Deu-la-Deu e Parque das Caldas.
No largo da Estação, para além da manutenção de todo o património edificado pela CP, o arquiteto sugere a construção de um parque de estacionamento subterrâneo com capacidade para 300 viaturas. “Se esse espaço for pensado em duas plataformas, até pode passar para o dobro”, apontou João Miguel Felgueiras à Rádio Vale do Minho.
Esta ideia é apoiada pelo PSD local. Várias individualidades e militantes do partido marcaram presença nesta sessão. Entre elas o presidente da concelhia, António Barbosa, que só vê vantagens neste tipo de parqueamento. “Para além da solução do problema do estacionamento, outro dos pontos que me leva a gostar muito deste projeto tem a ver com o terminar com as garagens na zona das Finanças. Evidentemente que os proprietários dessas garagens receberiam em troca lugares privados no parque e com saída direta para o prédio das Finanças”, disse à Rádio Vale do Minho o também vereador na Câmara de Monção.
Outra ideia que marca a diferença nesta proposta, e ainda no largo da Estação, é a construção de um centro de ‘e-learning’ na chamada «Cova do Cão» – um dos vários baluartes da fortaleza. “Funcionará como um ponto dinâmico de atração. Permite não só complementar todo o Largo da Estação como também ser um espaço cultural para as pessoas dando-lhes a conhecer os bons costumes da vila”, explicou o arquiteto.
António Barbosa aplaudiu também esta ideia, dado que “vem de encontro ao que consideramos ser o futuro de Monção que passa pela fixação dos jovens. E ela só se consegue ao mostrarmos que acreditamos nos jovens da nossa terra”.

Terminar com a “desordem” na Praça da República

Como foi referido, o projeto de João Miguel Felgueiras abrange outros espaços públicos da vila. Para o arquiteto, um dos casos mais preocupantes é a “desordem” verificada na Praça da República. “Atualmente é um espaço completamente fragmentado. É nuclear e é necessária uma intervenção”, considerou. O resultado final [ver galeria de imagens] traduz-se num reordenamento arbóreo e num aumento da área pedonal.
“Enquanto não resolvermos a questão do Largo da Estação, da Praça da República, da Praça Deu-la-Deu e dos outros espaços, é evidente que os proprietários dos edifícios adjacentes não sentirão a obrigatoriedade de os remodelar”, realçou António Barbosa. “Por aquilo que tenho visto nos últimos tempos, não há qualquer planeamento por parte da Câmara no que diz respeito a esta matéria. Isto quando estamos a pouco mais de mês e meio do final da candidatura para a reabilitação do tecido histórico. Espero que a Câmara aproveite o trabalho deste jovem e de muitos outros nesta área. Não no sentido de os realizar na totalidade mas pelo menos decidir aquilo que é de aproveitar nestes projetos”.

PSD rejeita projetos de “visão eleitoralista”

O trabalho de João Miguel Felgueiras vem juntar-se assim às propostas “A” e “B”. Estas duas últimas, focadas apenas no Largo da Estação, podem ser visualizadas no YouTube. Estão também disponíveis no portal da Câmara Municipal de Monção, numa consulta pública que decorre até ao final deste mês.
A proposta “B” é aquela que o PSD tem vindo a considerar como a ‘menos má’. Já a proposta “A”, que prevê a demolição do armazém da CP, é o pior cenário para os sociais- democratas. António Barbosa admite que o projeto apresentado por João Miguel Felgueiras é mais caro, mas as contas do PSD dão viabilidade a esta ideia. “Não podemos passar para um projeto minimalista, de pouco mais de um milhão de euros já contando com a obra que está a ser feita no edifício da própria estação”, atirou. “Um projeto redutor não vai resolver absolutamente nada! Estamos a falar de valores distintos e de um projeto que vai custar cerca de 750 mil euros [valor para a área envolvente da Estação]”, continuou António Barbosa. “Nos restantes espaços, os valores das intervenções são relativamente reduzidos. Menos de um milhão de euros em cada um”, assegurou.
Por sua vez, João Miguel Felgueiras lembrou que estas são intervenções são para ser feitas com tempo. “Dada a sua dimensão e escala urbana que impera neste projeto, seria impensável organizar tudo isto em uma ou duas fases”. António Barbosa aproveitou a achega cronológica para concluir com ‘recados’ à esquerda. O líder do PSD lamentou que exista “talvez a tendência nesta altura para projetos com uma visão claramente eleitoralista. E é isso que temos de afastar!”.

[Fotografia: Imagem virtual do resultado final na Praça da República]

Veja a galeria de imagens virtuais do projeto elaborado por João Miguel Felgueiras AQUI [copie o link para a barra de endereços]:
https://www.facebook.com/RadioValedoMinho/posts/1059192847484637

Leia também:
Monção/Estação: PSD vai apresentar terceira proposta – Câmara pede ‘que não haja claques!’
Link para a notícia [copie para a barra de endereços]: https://www.radiovaledominho.com/#!news-27337

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