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Monção

Monção/Estação: PSD quer mais lugares de estacionamento e propõe alternativa C

26 Abril, 2016 - 22:48

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Vereação social-democrata sugere estacionamento subterrâneo. Avisa para o perigo de uma ‘estocada final no comércio local’.

O PSD de Monção propôs esta terça-feira, em reunião do Executivo Municipal, a elaboração de uma terceira solução para o Projeto de Requalificação Urbanística da Avenida D. Afonso III, envolvente da antiga estação da CP. Na segunda-feira, recorde-se, foram apresentadas ao público duas alternativas já batizadas com nome de ‘A’ e ‘B’. “A alternativa ‘A’ apresenta uma forma mais aberta de chegar a Monção, que privilegia a vista para a muralha. Consegue dissimular toda a zona de estacionamento com um enquadramento arbóreo, havendo uma sequência de percurso até ao centro histórico. Esta solução obriga à retirada do antigo armazém da CP. Já a solução ‘B’ mantém todo o conjunto edificado pela CP, obrigando a que o estacionamento seja junto ao arruamento. Será criada uma praça entre o edifício da estação e o edifício do armazém, sendo feita aí a passagem para uma segunda rotunda já no centro histórico. Será uma passagem mais dissimulada”, explicou à Rádio Vale do Minho o arquiteto responsável pela obra, Pedro Diniz.
A alternativa ‘B’ é a que mais agrada aos social-democratas, mas o PSD considera que ainda não é a ideal. A vereação ‘laranja’ não só defende o aproveitamento do cais da estação para eventos de variadas índoles como apela agora a uma alternativa ‘C’, com mais lugares de estacionamento. “Não podemos perder esta oportunidade para resolver, de uma vez por todas, a questão do estacionamento em Monção!”. António Barbosa considerou mesmo que “seria criminoso se pegássemos num espaço daquela dimensão” sem “ser criado estacionamento subterrâneo [gratuito]”.
Nas contas feitas pelo PSD, os lugares para estacionamento não chegam a 100 em cada uma das duas soluções apresentadas. “Num dia de feira – e estamos a falar numa ‘quinta-feira normal’ – estacionam na envolvente da estação cerca de 400 viaturas!”, exclamou o autarca. “Aquilo que me preocupa não é a abertura do Lidl! A mim preocupa-me mais esta intervenção! Ao contrário desses investimentos que têm sido feitos em Monção, pode ser a estocada final no comércio local da vila e naquilo que é a vida ao nível desta parte histórica”.
António Barbosa apelou por isso ao “bom senso” do Executivo Municipal. O PSD alertou mesmo para o risco de “colocar em causa aquilo que é o médio e longo prazo da vila de Monção. Até porque estamos a falar de um projeto que vai ser feito e ficará ali para todo o sempre”.
Em simultâneo com o PSD, o vereador pelo CDS-PP [em substituição] apoia também a elaboração de uma terceira alternativa para esta requalificação urbanística. Sem palavras brandas, Luís Alves deixou até algumas críticas ao modo como a população está a ser consultada. “Não me parece que todos tenham acesso a e-mail. A população também não pode ler nem analisar as várias opiniões que vão sendo ditas”, avaliou o vereador centrista. “Parece-me que a Câmara está a querer inquinar isto para o lado ‘A’ “, atirou Luís Alves. “Eu só quero que ganhe o melhor para Monção. Mas depois da demolição do ‘barracão’ não há volta a dar”, avisou o autarca do CDS-PP.

Abel Batista já vinha alertando para o estacionamento

Ouvido há escassos dias pela Rádio Vale do Minho sobre a vinda de mais um hipermercado para Monção, o vereador Abel Batista (CDS-PP) considera que o Executivo Municipal de Monção tem falhado nos acessos ao comércio tradicional. O autarca centrista lembrou que “o comércio não funciona protegido. Funciona pelo que o cliente quer e pelo que o que o cliente é capaz de absorver. As condições criadas pelas superfícies comerciais são muitíssimo atrativas. E não estou a falar do preço, mas sim das condições de acesso! Ou seja, se eu quiser parar o meu carro para comprar no comércio tradicional de Monção tenho de pagar estacionamento. Nalguns sítios proibiram até o estacionamento. Noutros apertaram a rua de forma a condicionar o trânsito e depois querem que eu vá lá comprar”. Ao invés, continuou Abel Batista, num hipermercado “há estacionamento de borla, tenho acesso direto e sem barreiras arquitetónicas ao estabelecimento. Tudo isso são facilidades que os clientes hoje querem”.
O vereador do CDS-PP defende por isso que “a Câmara deve ter um papel mais ativo de criar melhores condições de acesso ao comércio tradicional. Esteja ele localizado na zona mais antiga da vila ou nas zonas rurais”.

“Deixemos que as pessoas dêem ideias!”

Na resposta à direita, o presidente da Câmara lembrou que a decisão cabe à população. “Se estamos aqui a lançar uma terceira, uma quarta e uma quinta solução então estamos a marimbar-nos para aquilo que as pessoas vão opinar. Deixemos que as pessoas nos dêem ideias e depois vamos decidir!”, pediu Augusto Domingues. De baterias apontadas à sugestão dada pelo PSD, o edil socialista foi taxativo. “Estamos sempre preocupados com o carro e esquecemo-nos da pessoa. Na urbanidade moderna, primeiro pensa-se nas pessoas e depois pensa-se nos carros”.
Durante a reunião do Executivo Municipal desta segunda-feira, Augusto Domingues voltou a qualificar esta obra como sendo “quase uma obsessão” sua. Para já ainda não há data para o arranque dos trabalhos. Augusto Domingues adiantou no passado domingo à Vale do Minho que será “um investimento superior a um milhão de euros”. Monção ficará, por isso, “muito mais atrativa, alindada e terra de oportunidades”.
As duas soluções estarão disponíveis no portal da Câmara Municipal de Monção, podendo os munícipes dar conta da sua preferência e apresentar eventuais sugestões para o seguinte correio eletrónico: [email protected]. A consulta pública decorrerá durante todo o mês de maio.

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